Juro do cartão sobe a 241% para quem pagou valor mínimo, mas cai no geral
Os juros do rotativo do cartão de crédito para quem pagou pelo menos o valor mínimo da fatura subiram de dezembro para janeiro, mas caíram na comparação com janeiro de 2017.
Em média, os juros para quem pagou o valor mínimo passaram de 233,9% em dezembro de 2017 para 241% no mês passado. Em janeiro de 2017, a taxa estava em 432,1% ao ano.
Quando se consideram os juros do cartão no geral, porém, houve queda tanto na comparação mensal quanto na anual.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Banco Central.
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Rotativo do cartão de crédito
- Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 241% ao ano
- alta de 7,1 pontos na comparação com dezembro (233,9%);
- queda de 191,1 pontos em relação a janeiro de 2017 (432,1%).
- Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 387,1% ao ano
- queda de 14,6 pontos na comparação com dezembro (401,7%);
- queda de 154,4 pontos em relação a janeiro de 2017 (541,5%).
- Média (considera as duas opções acima): 327,9% ao ano
- queda de 6,9 pontos na comparação com dezembro (334,8%);
- queda de 169,6 pontos em relação a janeiro de 2017 (497,5%).
- Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 171,5% ao ano
- alta de 2,3 pontos na comparação com dezembro (169,2%);
- alta de 9,6 pontos em relação a janeiro de 2016 (161,9%).
Novas regras do cartão
Desde abril do ano passado, o consumidor só pode usar o rotativo do cartão por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.
Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve.
Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito:
- Rotativo do cartão de crédito: de 334,8% ao ano em dezembro para 327,9% ao ano em janeiro;
- Cartão de crédito parcelado: de 169,2% ao ano em dezembro para 171,5% ao ano em janeiro;
- Cheque especial: de 323% ao ano em dezembro para 324,7% em janeiro;
- Crédito pessoal não-consignado: de 113,3% ao ano em dezembro para 122,6% ao ano em janeiro;
- Crédito pessoal consignado: de 26% ao ano em dezembro para 26,1% ao ano em janeiro;
- Compra de veículos: de 22,2% ao ano em dezembro para 22,7% ao ano em janeiro;
- Financiamento imobiliário: de 8% ao ano em dezembro para 8,3% ao ano em janeiro.
Taxa básica de juros
Neste mês, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, de 7% para 6,75% ao ano.
Esse foi o 11º corte seguido da Selic, que vem caindo desde outubro do ano passado, o que deixou a taxa de juros no menor nível da história.
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
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