Petrobras tem prejuízo de R$ 446 mi em 2017, no 4º ano seguido de perdas
A Petrobras registrou prejuízo de R$ 446 milhões em 2017. Foi o quarto ano seguido de perdas, mas é o melhor resultado desde 2014. No ano passado, a petroleira perdeu R$ 14,8 bilhões.
A estatal vem tendo prejuízos anuais desde 2014, sobretudo devido ao impacto dos atos de corrupção, investigados pela operação Lava Jato, que envolveram a empresa.
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O desempenho negativo no ano passado se deve, de acordo com a petroleira, ao acordo para encerrar uma ação coletiva movida por investidores nos Estados Unidos, no qual a empresa pagou R$ 11,198 bilhões. Além disso, gastou R$ 10,433 bilhões com o pagamento de dívidas com a União.
Essas despesas afetaram fortemente o resultado do quarto trimestre, que fechou com um prejuízo líquido de R$ 5,477 bilhões. No mesmo período do ano anterior, a houve lucro de R$ 2,5 bilhões.
Se não fosse por esses gastos extraordinários, a Petrobras diz que teria registrado lucro de R$ 7,089 bilhões em 2017.
Estamos numa trajetória consistente de recuperação. Os maiores impactos no balanço de 2017 refletem despesas não recorrentes que reduziram incertezas e riscos em relação ao futuro da companhia
Pedro Parente, presidente da Petrobras
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do ano em 2017, por sua vez, foi de R$ 76,557 bilhões, inferior aos R$ 88,693 bilhões do ano anterior.
Venda de negócios
A Petrobras vem passando por um processo de venda de negócios na atual gestão. Um dos negócios vendidos, a transportadora de gás natural NTS (Nova Transportadora do Sudeste), rendeu R$ 6,3 bilhões.
As vendas ajudaram a empresa a reduziu a dívida líquida para US$ 84,871 bilhões, menor valor desde 2012.
Recorde de produção
A companhia também destaca o recorde de produção registrado pelo quarto ano seguido. A empresa bateu a meta com um volume total de petróleo e gás de 2,65 milhões de barris de óleo no país, aumento de 0,9% em relação ao ano anterior.
Na camada do pré-sal, a produção média no ano passado, incluindo tanto as parcelas da Petrobras e de seus parceiros, foi de 1,29 milhão de bpd, mais um recorde e 26% maior que o volume médio produzido em 2016.
(Com Reuters)
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