Fila de carros se estende por mais de 10 quarteirões em posto de São Paulo

Cerca de 200 veículos formavam uma fila que se estendia por mais de dez quarteirões na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (28). O objetivo era encher o tanque em um posto na esquina da avenida Heitor Penteado com a rua Pereira Leite.
No domingo, por volta das 11h, um caminhão-tanque escoltado conseguiu chegar ao local. Desde então, houve movimento contínuo de carros, inclusive na madrugada. Segundo os motoristas, a notícia de que havia combustível por ali chegou pelo boca a boca, em grupos de WhatsApp e por meio de aviso de parentes.
Diante de tanta procura e da falta de combustível, o estabelecimento impôs algumas condições: máximo de 20 litros de gasolina por carro, etanol sem restrições, mas nada de encher galões e outros recipientes. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) intensificou a fiscalização na região.
"Estou aqui desde às 8h, mais de três horas na fila. Vim do Butantã. Trouxe um balde para tentar encher à parte, mas avisaram que não vão deixar. Depois que eu abastecer o carro, vou buscar a minha moto também", disse Guilherme Luciano da Silva, um dos primeiros da fila.
Ele trabalha como motorista de Uber e é funcionário de uma seguradora.
Casal do interior 'preso'
O empresário Francisco Oliveira, de Assis (434 km a oeste de São Paulo), estava no final da fila por volta das 11h.
"Estou preso em São Paulo desde a sexta-feira, pois não consigo voltar para casa. Tive de ficar em hotel. Minha empresa está fechada em Assis. Vou ficar na fila o tempo que for preciso, mesmo que leve quatro ou cinco horas", declarou.
Fila ainda maior na Raposo
Um posto no km 12 da rodovia Raposo Tavares, no sentido interior, recebeu dois caminhões escoltados no domingo. Desde sexta-feira, o local vinha abastecendo apenas viaturas da polícia, mas nesta segunda o proprietário decidiu abrir as bombas para a população.
Com limite: R$ 50 para etanol, R$ 100 para gasolina. Quem levou galão pode comprar cinco litros.
"Está muito difícil. Fiquei quase três horas na fila de manhã e voltei agora para pegar um galão para o carro da minha esposa. É minha única opção, não tem jeito”, disse o taxista Darlan Fernandes Ferreira.
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