Juro do cartão cai a 238,7% ao ano para quem pagou valor mínimo, diz BC
Os juros do rotativo do cartão de crédito para quem pagou pelo menos o valor mínimo da fatura caíram de março para abril. Também houve queda na comparação com o mesmo mês de 2017.
Em média, os juros para quem pagou o valor mínimo passaram de 243,6% em março para para 238,7% no mês passado. Em abril de 2017, a taxa estava em 328% ao ano.
Os juros do cartão no geral também caíram na comparação mensal e anual.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central.
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Rotativo do cartão de crédito
- Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 238,7% ao ano
- queda na comparação com março (243,6%)
- queda em relação a abril de 2017 (328%)
- Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 396,9,6% ao ano
- queda na comparação com março (397,6%)
- queda em relação a abril de 2017 (496%)
- Média (considera as duas opções acima): 331,6% ao ano
- queda na comparação com março (334,5%)
- queda em relação a abril de 2017 (429,7%)
- Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 169,3% ao ano
- alta na comparação com março (168,2%)
- alta em relação a abril de 2017 (162,2%)
Novas regras do cartão
Desde abril do ano passado, o consumidor só pode usar o rotativo do cartão por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.
Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve.
Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito:
- Rotativo do cartão de crédito: de 334,5% ao ano em março para 331,6% ao ano em abril
- Cartão de crédito parcelado: de 168,2% ao ano em março para 169,3% ao ano em abril
- Cheque especial: de 324,7% ao ano em março para 321% em abril
- Crédito pessoal não-consignado: de 125% ano em março para 124,9% ao ano em abril
- Crédito pessoal consignado: de 26,1% ao ano em março para 25,7% ao ano em abril
- Compra de veículos: de 21,8% ao ano em março para 21,5% ao ano em abril
- Financiamento imobiliário: mantida em 9,2% ao ano em abril
Taxa básica de juros
Em meados de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central surpreendeu o mercado e decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, após 12 cortes seguidos. A Selic passou por sucessivos cortes desde outubro de 2016, o que deixou a taxa de juros no menor nível da história.
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
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