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Juro do cartão cai a 238,7% ao ano para quem pagou valor mínimo, diz BC

Do UOL, em São Paulo

28/05/2018 11h45

Os juros do rotativo do cartão de crédito para quem pagou pelo menos o valor mínimo da fatura caíram de março para abril. Também houve queda na comparação com o mesmo mês de 2017. 

Em média, os juros para quem pagou o valor mínimo passaram de 243,6% em março para para 238,7% no mês passado. Em abril de 2017, a taxa estava em 328% ao ano. 

Os juros do cartão no geral também caíram na comparação mensal e anual. 

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central.

Rotativo do cartão de crédito

  • Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 238,7% ao ano
  • queda na comparação com março (243,6%)
  • queda em relação a abril de 2017 (328%)
  • Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 396,9,6% ao ano
  • queda na comparação com março (397,6%)
  • queda em relação a abril de 2017 (496%)
  • Média (considera as duas opções acima): 331,6% ao ano
  • queda na comparação com março (334,5%)
  • queda em relação a abril de 2017 (429,7%)
  • Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 169,3% ao ano
  • alta na comparação com março (168,2%)
  • alta em relação a abril de 2017 (162,2%)

Novas regras do cartão 

Desde abril do ano passado, o consumidor só pode usar o rotativo do cartão por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.

Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve.

Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Confira a variação das modalidades de crédito:

  • Rotativo do cartão de crédito: de 334,5% ao ano em março para 331,6% ao ano em abril
  • Cartão de crédito parcelado: de 168,2% ao ano em março para 169,3% ao ano em abril
  • Cheque especial: de 324,7% ao ano em março para 321% em abril
  • Crédito pessoal não-consignado: de 125% ano em março para 124,9% ao ano em abril
  • Crédito pessoal consignado: de 26,1% ao ano em março para 25,7% ao ano em abril
  • Compra de veículos: de 21,8% ao ano em março para 21,5% ao ano em abril
  • Financiamento imobiliário: mantida em 9,2% ao ano em abril

Taxa básica de juros

Em meados de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central surpreendeu o mercado e decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, após 12 cortes seguidos. A Selic passou por sucessivos cortes desde outubro de 2016, o que deixou a taxa de juros no menor nível da história.

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.