IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Um mês após fim da crise, desconto no diesel ainda não chegou a R$ 0,46

Marcelo Fonseca/Estadão Conteúdo
Imagem: Marcelo Fonseca/Estadão Conteúdo

Téo Takar

Do UOL, em São Paulo

29/06/2018 22h04

Quase um mês após o fim da greve dos caminhoneiros, a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, prometida pelo governo aos caminhoneiros, ainda não se tornou realidade.

O preço médio do diesel praticado no país foi de R$ 3,389 na semana compreendida entre os dias 24 e 30 de junho, informou a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na noite desta sexta-feira (29).

Leia também:

O desconto no preço do combustível ficou em R$ 0,399 por litro na comparação com o preço praticado na semana do dia 21 de maio (R$ 3,788), data usada como referência no acordo entre o governo e os caminhoneiros.

Em comparação à semana passada (17 a 23 de junho), o preço médio do diesel no país nesta semana caiu apenas R$ 0,008.

Nenhum estado registrou desconto de R$ 0,46

Os números da ANP por estado também mostram que o desconto de R$ 0,46 em relação ao preço do diesel em 21 de maio ainda não está sendo praticado plenamente.

A melhor situação é no Amapá, onde o desconto médio chegou a R$ 0,451, seguido pelo Distrito Federal (R$ 0,4420), Roraima (R$ 0,4420), São Paulo (R$ 0,4260) e Paraná (R$ 0,4210).

Alagoas (R$ 0,2440), Pernambuco (R$ 0,3300), Paraíba (R$ 0,3380) e Rondônia (R$ 0,3380) são os estados onde a redução no preço ainda está bem longe do valor prometido pelo governo.

Medida provisória prometia R$ 0,46 de desconto

Em 31 de maio passou a valer a medida provisória editada às pressas pelo presidente Michel Temer para garantir a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel nas refinarias, com base no preço praticado nos postos antes do início da greve dos caminhoneiros, em 21 de maio.

A diferença de preço será bancada pelo governo graças a um remanejamento do orçamento que incluiu aumento de impostos e a retirada de benefícios de outras áreas.

Empresários do setor, porém, chegaram a afirmar que a redução máxima viável nos postos é menor, de R$ 0,41, já que, diferente do diesel bruto que sai da refinaria, aquele que chega às bombas para ser vendido ao consumidor deve ter, por lei, uma diluição de 10% de biodiesel, produto que não recebeu reduções ou subsídios em meio à crise.