IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Saque do PIS de 2016 acaba hoje; PIS extra é suspenso, mas volta em agosto

Do UOL, em São Paulo

29/06/2018 04h00

Termina nesta sexta-feira (29) o prazo para sacar até R$ 954 de abono do PIS/Pasep de 2016. Quem perder o prazo perde o dinheiro. Tem direito ao benefício quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2016, entre outras situações (veja a lista completa mais abaixo). 

Hoje também é o último dia para outro saque, o da liberação extraordinária do fundo PIS/Pasep, que não tem nada a ver com o abono. Mas, neste caso, será apenas uma suspensão temporária. O saque será interrompido, mas voltará em agosto, e com valor maior. Essa mudança de valor ocorre porque haverá a correção anual do PIS/Pasep. A liberação extra é só para quem trabalhou entre 1971 e 1988 como contratado em empresa privada ou no serviço público (saiba mais ao final do texto).

Leia também:

Abono 2016

No caso do abono, o pagamento é anual. Segundo os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta semana, já haviam sido pagos R$ 16,49 bilhões a 22,29 milhões de trabalhadores, o que representa 90,91% do total. 

    Mais de 2 milhões de pessoas ainda não sacaram. Se elas perderem o prazo, perdem também o dinheiro, que vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), de acordo com o ministério. Porém, já houve casos de trabalhadores que conseguiram na Justiça o direito de sacar os valores mesmo após o fim do prazo. 

    O abono salarial do PIS/Pasep para quem trabalhou em 2016 começou a ser pago em julho do ano passado, e o último lote foi liberado em março. Os recursos ficam disponíveis para todos até esta sexta. O valor varia de R$ 80 a R$ 954, de acordo com o tempo de trabalho em 2016.

    Nesta semana foi divulgado o calendário de pagamento do abono para quem trabalhou em 2017. O pagamento começa em 26 de julho e vai até 28 de junho de 2019.

      Veja quem tem direito ao abono

      • quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2016;
      • ganhou, no máximo, dois salários mínimos, em média, por mês;
      • está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
      • é preciso que a empresa onde trabalhava tenha informado seus dados corretamente ao governo.

      Como saber se você tem direito?

      Para saber se tem direito ao abono salarial, é possível fazer a consulta das seguintes maneiras:

      PIS (trabalhador de empresa privada):

      • no Aplicativo Caixa Trabalhador;
      • no site da caixa (www.caixa.gov.br/PIS, clique em "Consultar pagamento";
      • pelo telefone de atendimento da Caixa: 0800 726 0207;
      • pelo telefone 158 da central de atendimento do Ministério do Trabalho;
      • nos postos da Superintendência Regional do Trabalho, antiga DRT.

      Pasep (servidor público):

      • pelos telefones da central de atendimento do Banco do Brasil: 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas); 0800 729 0001 (demais cidades) e 0800 729 0088 (deficientes auditivos);
      • pelo telefone 158 da central de atendimento do Ministério do Trabalho;
      • nos postos da Superintendência Regional do Trabalho, antiga DRT.

      Quanto é pago?

      O valor pago é de até um salário mínimo (atualmente R$ 954) e varia de acordo com o tempo que a pessoa trabalhou. Se ela trabalhou o ano todo, recebe um salário mínimo. Se trabalhou um mês, ganha proporcionalmente: 1/12 do mínimo.

      Segundo o Ministério do Trabalho, os valores são arredondados para cima. Quem trabalhou por um mês, por exemplo, teria direito a R$ 79,50 de abono. Com o arredondamento, o trabalhador recebe R$ 80.

      Onde é feito o saque?

      • Funcionários de empresa privada, com Cartão Cidadão e senha cadastrada: o saque pode ser feito em caixas eletrônicos da Caixa e lotéricas
      • Não tem o Cartão Cidadão? O saque é feito em uma agência da Caixa, com documento de identificação
      • É correntista individual da Caixa? O abono será depositado diretamente na conta, caso haja saldo acima de R$ 1 e movimentação
      • É servidor público? O saque é feito no Banco do Brasil. Correntistas do banco recebem o dinheiro diretamente na conta. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone do BB: 0800 729 0001

      Saque extra do fundo do PIS/Pasep

      Desde 18 de junho está liberado temporariamente o saque das cotas do fundo PIS/Pasep para quem tem 57 anos ou mais. O saque será suspenso no sábado e voltará em agosto (dia 8 para quem tem conta na Caixa ou no Banco do Brasil e dia 14 para os demais). A partir de então, todos que têm dinheiro no fundo poderão sacar, independentemente da idade. 

      Além disso, o valor das cotas será maior, já que em julho será depositado o rendimento anual do PIS. O governo diz que o valor pode subir até 10%

      O saque das cotas do fundo PIS/Pasep acontece apenas uma vez, e não anualmente, como o abono. Possuem cotas todos os que trabalharam com carteira assinada em empresa privada ou no serviço público entre 1971 e 1988. 

      Isso porque, de 1971 a 1988, as empresas e órgãos públicos depositavam dinheiro no fundo PIS/Pasep em nome de cada um dos seus funcionários e servidores contratados. Cada trabalhador, então, era dono de uma parte (cota) no fundo. A partir de outubro de 1988, os trabalhadores deixaram de ter contas individuais do fundo. 

      Havia uma série de condições para que fosse permitido o saque das cotas do fundo PIS/Pasep, como a idade ou ser aposentado, por exemplo. Mas o governo decidiu liberar temporariamente o saque para todos

      Depois de 28 de setembro, o saque volta a ser restrito a quem atende pelo menos um dos seguintes critérios:

      • 60 anos de idade ou mais
      • estar aposentado
      • invalidez
      • câncer
      • portador do vírus HIV
      • doenças graves listadas em portaria interministerial do governo
      • idoso e/ou pessoa com deficiência que recebe o Benefício da Prestação Continuada (BPC)
      • transferência para reserva remunerada ou reforma (no caso de militar)
      • em caso de morte do trabalhador, a família pode sacar

      Como cobrar dívida de um amigo

      UOL Notícias