ANP investiga se postos lucraram divulgando falsa greve de caminhoneiros
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) informou que vai investigar se 13 postos de gasolina de Pernambuco lucraram com a divulgação de informações sobre uma suposta nova greve dos caminhoneiros.
Segundo a agência, os postos da rede Mega divulgaram uma nota no fim de semana aconselhando motoristas a abastecer seus carros porque haveria uma nova paralisação, como a ocorrida em maio, contra os altos preços do diesel. O texto dizia que haveria risco de faltar combustível e informava que os postos da rede funcionariam normalmente no final de semana.
Procurada pelo UOL, a empresa disse que "a informação postada foi enxergada como de utilidade pública" e que não houve intenção de causar transtorno à população ou de gerar benefício financeiro próprio. A rede disse, ainda, que está à disposição dos órgãos de defesa do consumidor para prestar esclarecimentos.
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Após serem notificados, os estabelecimentos terão 10 dias para informar à agência reguladora do setor o volume total de combustível comercializado e por quais preços venderam gasolina, etanol e diesel antes e depois da divulgação da nota. Deverão explicar, também, de onde veio a informação de que haveria nova greve e risco de desabastecimento.
Se a investigação concluir que os postos lucraram com a divulgação da nota, eles serão autuados e sofrerão processo administrativo. Ao final do processo, podem sofrer sanções que vão do pagamento de multas à perda de autorização da ANP para operar na venda de combustível.
A ANP afirma que a divulgação de informações falsas pode colocar em risco o abastecimento por levar ao aumento excessivo da procura por combustíveis.
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