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Campanha de Natal da Perdigão é acusada de racismo na web; empresa lamenta

Campanha de Natal da Perdigão mostra família de negros recebendo Chester - Reprodução
Campanha de Natal da Perdigão mostra família de negros recebendo Chester Imagem: Reprodução

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/11/2018 20h15Atualizada em 28/11/2018 19h55

A Perdigão lançou na última segunda-feira (26) sua campanha com foco no Natal. Pelo terceiro ano consecutivo, a marca conta com a ação “Você compra um Chester, a Perdigão doa outro”. Na iniciativa, a cada produto comprado, a empresa entrega outro a uma família cadastrada no programa “Mesa Brasil”, do Serviço Social do Comércio (Sesc) – este ano, serão doadas 250 mil aves.

Com a assinatura “Generosidade gera Generosidade”, um dos comerciais explica como funciona a mecânica da ação – e é aí que a marca tem sido acusada de racismo. Isto porque, no filme publicitário, a família que compra o produto é majoritariamente branca, e a que recebe é negra em sua maioria. O filme foi criado pela agência DM9DDB e conta, até o momento, com mais de 150 mil visualizações no YouTube.

A diferença entre as famílias gerou uma enxurrada de comentários nas redes sociais, chegando a ser destaque nos “trending topics” (assuntos mais comentados) do Twitter. Alguns comentários acusam o comercial de ser racista.

Por outro lado, diversos internautas saíram em defesa da companhia, comentando que existem atores negros e brancos nas duas famílias, inclusive o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM).

Empresa diz que lamenta ter ofendido consumidores

Questionada sobre a polêmica, a BRF respondeu, em comunicado, que “lamenta que a campanha publicitária de Natal tenha ofendido qualquer um de nossos consumidores. Nunca foi essa a nossa intenção”.

No comunicado, a empresa disse que “falar de generosidade é, para nós, uma forma de união e agradecimento a todos os nossos consumidores, que há três anos colaboram para o Natal de mais de 6 milhões de pessoas, independente de cor, gênero, raça ou religião”, afirmando ser nisso que a companhia acredita.