Guedes estima economizar R$ 1 tri com Previdência; Maia prevê votar em maio
As novas regras para a aposentadoria podem gerar uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos, e a reforma da Previdência pode ser votada pela Câmara em maio. As afirmações foram feitas, respectivamente, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tarde desta terça-feira (5).
"Podemos economizar R$ 1 trilhão em 10 anos ou em 15. Vai depender da versão final que o presidente [Jair] Bolsonaro assinará e enviará ao Congresso. O que queremos é trabalhar para que o texto chegue ao Congresso e seja votado, como disse Maia. Esse cálculo político é importante", afirmou Guedes.
Segundo Maia, o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a medida, mas disse que pode chegar a 350. Ele estimou que, após a leitura do texto em plenário e cinco sessões para emendas, a reforma deve ficar até três semanas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, deve ser debatida por 11 sessões na comissão especial, para depois ir a plenário. Segundo ele, o texto deve ser votado entre junho e julho pelo Senado.
Três versões para Bolsonaro escolher
O valor exato que deixará de ser gasto com benefícios só será conhecido após Bolsonaro bater o martelo sobre que texto será enviado ao Legislativo.
Guedes detalhou que três versões foram preparadas. Em uma delas, a idade mínima seria de 65 anos tanto para homens como para mulheres. Em uma segunda versão, homens se aposentariam aos 62 anos e mulheres, com 57. A última versão não foi detalhada pelo ministro da Economia.
Ele lembrou que uma transição poderia ser definida a partir da segunda versão, como sugeriu o presidente da Câmara.
Uma versão preliminar da reforma da Previdência vazou para a imprensa nesta segunda-feira (4), trazendo a proposta de idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. Membros da equipe econômica haviam confirmado que o texto vazado é uma das versões em estudo pelo governo.
Governo precisa angariar votos
Segundo Maia, o governo começou os trabalhados para construir uma base de pelo menos 350 votos. Segundo ele, ao adotar uma postura acertada de não participar das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, o Executivo ganhou pontos com os parlamentares.
"O nosso problema não é o regimento. O que temos que garantir são votos. Se a maioria dos partidos que defende a reforma da Previdência completar mais de 308 votos, essa é a solução do nosso problema", disse.
O presidente da Câmara também declarou que não está descartado o uso do texto já em debate no Congresso para acelerar o trâmite da reforma.
Reuniões com governadores
O presidente da Câmara também afirmou que iniciará uma série de reuniões com governadores para tratar da reforma da Previdência. Na segunda-feira, ele esteve com o governador do Rio Grande do Sul, na quinta estará com o do Ceará e na sexta, com o de São Paulo.
"Na próxima semana devo estar com os governadores do Piauí, de Pernambuco, de Goiás e do Mato Grosso para tentar construir um amplo debate sobre a importância da Previdência, sem paixões e sem discussões ideológicas", disse.
Veja outros detalhes da proposta:
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