Guedes diz que Brasil quer comércio "com todo mundo", inclusive China e EUA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje pela manhã nos Estados Unidos que o Brasil "quer comercializar com todo mundo", incluindo a China e os próprios norte-americanos. Guedes integra a comitiva de ministros que viajou com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Vamos com todo mundo. Vamos comercializar com todo mundo", afirmou, ao ser questionado se o governo brasileiro pretende reduzir o volume comercial com os chineses.
EUA e China se enfrentam em uma guerra comercial nos últimos meses. A aproximação entre o governo brasileiro e o norte-americano acendeu o alerta de que o Brasil pudesse prejudicar suas relações com os chineses.
Ministro cita 'desinteresse' do PT
Em seguida, Guedes disse que o Brasil precisa aumentar as negociações com os Estados Unidos. "Tivemos uma atitude de desinteresse por um potencial parceiro extraordinário que está daqui do lado [em referência aos EUA]. Isso se agudizou nesse período final do governo do PT. Não havia boa vontade", afirmou.
Na avaliação da equipe econômica, o Brasil mostrou desinteresse em aprofundar as trocas com os Estados Unidos nos últimos anos e precisa, em termos, recuperar o tempo perdido aproveitado por outras nações, como o Chile.
Agenda de Guedes
Hoje o grupo participa de painéis e jantar na Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Mais cedo, Bolsonaro foi à CIA (Central Intelligence Agency) fora da agenda oficial.
O ministro da Economia começa o dia se encontrando com o secretário de comércio norte-americano, Wilbur Ross, e, depois, terá uma mesa redonda com empresários. Outros compromissos incluem reunião com o representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e palestra no painel da Câmara comercial.
A expectativa é que ele fale da importância e dos esforços do governo brasileiro para a aprovação da reforma da Previdência e diminuição do déficit público e faça propaganda do ambiente interno. Um dos itens vistos como fundamentais para atrair recursos financeiros ao Brasil é a privatização de empresas estatais. "Quando se faz comércio, a essência é o ganha-ganha. Sempre foi", declarou.
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