Presidente de comissão define calendário e quer votar Previdência em junho
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou hoje ter definido um calendário para os trabalhos do grupo. O cronograma prevê que maio terá 11 audiências públicas e, em junho, a reforma será debatida por parlamentares e votada.
Ramos não divulgou nomes que devem participar das audiências públicas, mas sinalizou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, devem participar das discussões.
"Não dá para definir o debate sobre Previdência sem ouvir o ministro, o secretário e toda a equipe do Ministério da Economia", declarou.
Ramos disse que vai apresentar o calendário aos líderes das bancadas dos partidos antes de "bater o martelo" nas datas. O calendário foi definido após reunião com o vice-presidente da comissão, Silva Costa Filho (PRB-PE), e o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP).
Apesar de o cronograma prever que a tramitação tenha um ritmo acelerado, como quer o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ramos afirmou os governistas precisam construir uma base aliada para não serem derrotados após a votação na comissão especial.
"A elaboração do relatório na comissão tem que ser coordenada com a construção de maioria no plenário. Não adianta votar na comissão sem ter a condição de maioria no plenário", afirmou.
"Antipatia" por Bolsonaro
Após dizer que tem "antipatia" pelo governo Bolsonaro, Ramos mudou o discurso e disse que essa questão está superada. Ele declarou que trabalhará pelos brasileiros que estão desempregados e para equilibrar as finanças públicas do país.
"Temos que deixar de lado quaisquer questões menores para pensar no futuro da nossa gente. Pensar na possibilidade de um ajuste fiscal que possibilite ao Brasil voltar a crescer e que 15 milhões de brasileiros desempregados possam ter a esperança de voltar a ter um emprego", disse.
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