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País pagará conta se estados não entrarem na reforma, diz governador do RS

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) Imagem: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

11/06/2019 09h28Atualizada em 11/06/2019 11h43

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou hoje que uma reforma da Previdência que não englobe estados e municípios não trará a injeção de ânimo necessária para recuperação da economia. Segundo ele, sem a inclusão de estados e municípios na reforma, caberá ao governo federal socorrer os entes em dificuldades financeiras.

As declarações foram feitas durante o Fórum de Governadores. A reunião foi convocada para que os chefes dos executivos estaduais pudessem conversar com relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), para pedir que ele mantenha estados e municípios no relatório que deve ser apresentado na quinta-feira (13).

"Uma reforma que não pegue estados e municípios é uma meia reforma. Estados e municípios deficitários recorrerão aos cofres da União para cobrir as necessidades de financiamento. E isso é ruim para a federação", disse. De acordo com Leite, os impostos dos contribuintes serão usados para cobrir os déficits previdenciários.

Leite também declarou que se reunirá com a bancada do Rio Grande do Sul para apresentar aos parlamentares dados que comprovem a necessidade de inclusão dos estados e dos municípios na reforma da Previdência.

Estados e municípios devem ficar na reforma

Mais tarde, o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), sinalizou que pode manter estados e municípios no relatório.

"A proposta traz uma economia de R$ 350 bilhões para estados e municípios em dez anos. Acho que não podemos deixar isso de lado. Governo federal, estados e municípios devem estar juntos na reforma", declarou.

Moreira também disse que estados e municípios têm um rombo anual de R$ 100 bilhões, que pode chegar a R$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos.

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UOL Notícias