Burger King patrocina parada LGBT+ em SP e traz show da Spice Girl Mel C
Considerada a maior do mundo e um dos principais eventos do calendário da capital paulista, a Parada do Orgulho LGBT+ vem atraindo mais marcas a cada edição --bem diferente de 20 anos atrás, quando o risco de cancelamento por falta de patrocínio era uma das maiores dores de cabeça para os organizadores.
Para este ano, a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP) espera que a avenida Paulista seja tomada, no dia 23 de junho, por um público recorde de 5 milhões de pessoas, como foi em 2017. E também por muitas ações de marketing, aproveitando o tema e a ocasião.
Reconhecido por suas campanhas irreverentes, o Burger King, que patrocinou o evento no ano passado, volta em 2019 como patrocinador master e traz, pela primeira vez, uma atração internacional: a Spice Girl Mel C e o grupo de drag queens Sink the Pink. Elas farão duas apresentações, uma na sexta-feira (21), no Áudio Club (com ingressos pagos), e o show durante a Parada, previsto para começar às 14h20 no trio elétrico da marca.
A vinda da cantora ao Brasil é uma parceria entre a rede de fast food e a plataforma de venda de passagens aéreas MaxMilhas. "Este ano, não apenas estamos de volta, como nos tornamos patrocinadores master do evento, para continuar reforçando que toda forma de amor é bem-vinda", afirmou o diretor de Marketing e Vendas do Burger King Brasil, Ariel Grunkraut.
Nova versão da música "Joga Bunda"
Também conhecida por seu posicionamento a favor da diversidade, a cerveja Skol Beats, da AmBev, resolveu celebrar o mês do Orgulho LGBT reunindo quatro famosas drag queens: Lia Clark, Aretuza Lovi, Rita Von Hunty e Ícaro Kadoshi. Ao longo do mês de junho, as #Beatsqueen vão convidar todos a se unirem para criar uma nova versão da música "Joga Bunda".
Quem participar pode ganhar um kit com latas temáticas criadas especialmente para esta ação. Inspiradas no universo das drag queens, as embalagens representam "quatro elementos essenciais para quem quer brilhar na noite": Charisma, Uniqueness, Nerve e Talent. As latas, que são holográficas e levam um padrão diferente para cada modelo, não estarão à venda.
Contra o 'pink money'
A associação de marcas à causa da diversidade de gênero pode ser um tiro no pé se, em vez de ser vista como um posicionamento que faz parte da sua identidade, for considerada pelo público como mais uma tentativa de conquistar o famoso "pink money".
De acordo com estudo da empresa de pesquisa Kantar sobre representatividade de gêneros na publicidade, as marcas que decidem entrar nesse território precisam fazê-lo de maneira autêntica e responsável, não apenas para "surfar na onda" ou como um meio de exploração para criar engajamento e discussão.
Segundo a análise dos pesquisadores, campanhas que abordam o assunto de forma autêntica apresentam performance melhor com as mulheres.
"Isso pode ser um sinal de que elas são mais receptivas às marcas que estão atentas e quebrando paradigmas na questão de diversidade de gêneros", afirmou Maura Coracini, líder da área de Mídia e Digital da Kantar.
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