BC reduz parcela de depósitos que bancos são obrigados a deixar no órgão
O Banco Central anunciou hoje que vai reduzir de 33% para 31% a alíquota do depósito compulsório sobre os recursos a prazo que os bancos recebem de seus clientes. Na prática, a medida irá liberar R$ 16,1 bilhões, que poderão ser usados pelos bancos para conceder empréstimos e oferecer produtos financeiros.
A redução do compulsório é uma forma indireta de estimular a economia, liberando dinheiro para que ele circule nas mais diversas atividades. O depósito compulsório, como o próprio nome sugere, é a parcela do dinheiro recebido dos clientes que os bancos são obrigados a guardar no Banco Central. Os recursos a prazo correspondem aos investimentos feitos pelos clientes no banco, como os CDBs.
Com a redução, a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo retorna ao nível histórico praticado antes da crise financeira mundial de 2008, informou o Banco Central.
A última vez que a alíquota de compulsório sobre recursos a prazo caiu foi em novembro do ano passado, quando o Banco Central diminuiu a taxa de 34% para 33%.
A mudança anunciada hoje entrará em vigor no dia 1º de julho, gerando efeitos financeiros a partir do dia 15 de julho.
Reduzir mais o compulsório está nos planos do BC
A redução e a simplificação dos recolhimentos compulsórios --que no Brasil são elevados na comparação com outras economias -- faz parte da agenda de medidas estruturais do Banco Central, a agenda BC#.
O estoque total de recursos recolhidos compulsoriamente pelos bancos está em R$ 458,6 bilhões, dos quais R$ 249,8 bilhões dizem respeito ao recolhimento sobre recursos a prazo.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem repetidamente dito que o nível de compulsório no Brasil é elevado. No mais recente comentário, no fim de maio, Campos Neto afirmou que havia espaço para redução.
Na ocasião, o presidente do BC também disse que as alterações não tinham objetivo de estimular a economia, apesar de acarretarem esse efeito.
(Com Reuters)
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