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Relatório mantém regras para policiais, apesar de pressão de Bolsonaro

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

03/07/2019 20h38Atualizada em 03/07/2019 20h59

O segundo voto complementar apresentado pelo relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), não trouxe mudanças nas regras de aposentadoria para policiais federais, rodoviários federais e legislativos, apesar da pressão da categoria e do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro pediu pessoalmente a Moreira que mudasse o texto para criar uma regra de transição para os policiais, além de reduzir a idade mínima de aposentadoria. Apesar do pleito, os próprios policiais ficaram insatisfeitos com o que foi oferecido e recusaram acordo, segundo a "Folha".

Eles defendiam pagar um pedágio de 17% sobre o tempo de contribuição que faltaria para se aposentar. Moreira sugeriu um pedágio de 100%. Pela norma que está no relatório, os policiais se aposentarão com idade mínima de 55 anos, sem distinção entre homens e mulheres, e não há regra de transição.

Policiais chamaram Bolsonaro de 'traidor'

Eleito com uma pauta fortemente ligada à segurança pública, Bolsonaro foi chamado de traidor por profissionais da categoria, em protesto na Câmara dos Deputados.

Parte da bancada de policiais do PSL na Câmara ameaçou não votar a reforma da Previdência caso as demandas da classe não sejam atendidas. Os parlamentares ligados ao setor de segurança pública querem regras mais brandas de aposentadoria para a categoria do que as previstas atualmente na proposta.

(Com informações da Reuters)

"Bolsonaro traidor", gritam representantes de policiais no Congresso

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