Proposta de recriar CPMF "vai para a geladeira" no Ministério da Economia
A possibilidade de recriação de um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), "foi para a geladeira" no Ministério da Economia. Técnicos da pasta ouvidos pelo UOL afirmaram que a saída do secretário especial de Receita Federal, Marcos Cintra, é um sinal claro de que a ala política do governo não comprará o desgaste de criação do tributo sem apoio do Congresso Nacional.
Os técnicos relembraram que tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), são declaradamente contrários à proposta. Além disso, enquanto Cintra defendia o assunto publicamente, em entrevistas e palestras, o presidente Jair Bolsonaro desmentia o subordinado do ministro da Economia, Paulo Guedes, em várias ocasiões.
"O pedido de demissão do Cintra é um sinal claro de que o interesse da equipe econômica em criar um novo imposto ainda precisa ser bastante amadurecido dentro do governo. Sobretudo quando não há apoio dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado", disse um dos técnicos.
O acúmulo de atritos e polêmicas envolvendo Cintra, afirmaram os técnicos, também contribuiu para sua exoneração. Cintra ganhou a antipatia de líderes religiosos, que fazem parte da base de apoio de Bolsonaro, e de políticos.
"Cintra perdeu a guerra da informação quando não se articulou para tratar do assunto. Ele não poderia ter autorizado um auxiliar a falar em alíquotas, como aconteceu ontem. Não tem fórmula mágica. O imposto sobre transação financeira é importante, mas ele é um ponto da proposta da reforma tributária. A ideia é reduzir outros tributos e compensar a desoneração com o novo tributo. Mas o assunto fica na geladeira", disse outro técnico.
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