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Procon-SP já recebeu 218 reclamações relacionadas à Black Friday

Consumidores avaliam produtos na Black Friday já iniciada na quinta à noite em algumas lojas - Reinaldo Canato/UOL
Consumidores avaliam produtos na Black Friday já iniciada na quinta à noite em algumas lojas Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/11/2019 10h34Atualizada em 29/11/2019 16h59

O Procon-SP liberou um novo balanço dos atendimentos efetuados durante a Black Friday. A instituição conta com um atendimento específico para o evento desde às 8h de ontem — desde então, 439 atendimentos foram realizados.

O Procon ainda informa que, destes atendimentos, 218 foram registros de reclamações, e 221 pedidos de orientação. O principal motivo de reclamação foi a maquiagem de desconto, nome dado à prática de inflar o preço original do produto para dar a impressão de que o desconto na Black Friday é maior.

59 denúncias de maquiagem de desconto foram feitas ao Procon-SP, o equivalente a 27,06% do total. O segundo lugar no ranking de motivos de reclamação foi a mudança de preço ao finalizar a compra — com 51 registros, 23,39% do total.

Também houve registro de 43 reclamações por produto indisponível, 23 por pedido cancelado após finalização da compra, 18 por queda ou congestionamento de sites, 16 por cancelamento ou atraso de entrega.

A empresa mais citada até o momento foi B2W Companhia Digital, que administra lojas como Submarino, Shoptime, Soubarato e Lojas Americanas. A companhia foi citada em 28 reclamações (12,85% do total).

Magazine Luiza (14 reclamações), Via Varejo - Casas Bahia/Ponto Frio/Extra (12 reclamações), McDonald's (nove reclamações), Carrefour (sete reclamações) e Kabum Comércio Eletrônico S.A. (sete reclamações) também aparecem no ranking.

Clientes dizem que Mercado Pago não funcionou para sanduíches

Consumidores relataram dificuldades em fazer o pagamento com o aplicativo Mercado Pago para conseguir descontos no McDonald's e no Burger King.

No McDonald's, quem usasse o aplicativo e fizesse o pagamento via QR code poderia comprar dois hambúrgueres clássicos por R$ 4,90 e um McColosso por R$ 0,50. No Burger King, três lanches sairiam por R$ 5 ou seis lanches por R$ 15, desde que o pagamento fosse via Mercado Pago.

Porém, consumidores afirmaram que não conseguiam fazer o pagamento pelo aplicativo, que o sistema estava fora do ar ou que a loja não oferecia o desconto em parceria com o Mercado Pago.

O Mercado Pago disse que as transações de pagamento com Código QR nas redes parceiras para a campanha da Black Friday estão em funcionamento, após um "breve período de instabilidade no sistema".

"Alguns clientes podem enfrentar dificuldade para usufruir das nossas promoções ao experimentar a tecnologia pela primeira vez. Cientes de que estamos promovendo uma transformação nos meios de pagamento no Brasil, com uma tecnologia inovadora, escalamos quase mil pessoas para irem hoje às lojas parceiras a fim de esclarecer dúvidas e dar suporte a compradores e vendedores. Trabalhamos previamente também em uma comunicação tutorial ostensiva em nossos canais digitais", informou em nota.

O McDonald's informou que "devido ao grande volume de acessos algumas ofertas sofreram instabilidade"."Preparamos a Méqui Friday usando nosso app e outras parcerias a fim de celebrar a data com nossos clientes." A empresa afirma que está "monitorando todas as situações para mitigar ao máximo o impacto na experiência dos nossos consumidores".

O Burger King informou que as promoções oferecidas pela rede em parceria com o Mercado Pago apresentaram instabilidade no sistema de pagamento. "A rede reforça o seu compromisso em oferecer serviços de qualidade aos seus consumidores e está trabalhando junto ao parceiro para que situações como essas não voltem a ocorrer."

Consumidores vão às lojas para aproveitar a Black Friday

UOL Notícias