Governo deve anunciar mudanças no Minha Casa, Minha Vida neste mês
Resumo da notícia
- Minha Casa Minha Vida vai priorizar municípios com até 50 mil habitantes
- Beneficiário poderá receber voucher para definir como a obra será tocada
- Programa trabalha com valor médio de R$ 60 mil por beneficiário
- Deverão ser três tipos de voucher: aquisição, construção e reforma
O governo federal deve anunciar neste mês a reformulação do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que passa a ter como prioridade municípios com até 50 mil habitantes. Uma das principais novidades é que o beneficiário terá mais liberdade para definir como será o imóvel.
O assunto está entre os que o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, abordará no programa "Brasil em Pauta", da TV Brasil, que vai ao ar hoje, às 22h.
No atual formato, o beneficiário recebe a casa pronta da construtora. Com o novo programa, que ainda não teve o nome definido, o beneficiário receberá um voucher (documento fornecido para comprovar um pagamento ou comprovante que dá direito a um produto) para definir como a obra será tocada, o que inclui a escolha do engenheiro e a própria arquitetura do imóvel.
Segundo Canuto, a disponibilização de um voucher permitirá àquele que vai receber a unidade habitacional participar da construção, escolher onde a casa será feita e até mesmo o projeto da casa.
"Muitas vezes a família precisa ou quer uma casa mais simples e maior. Outra, com cômodos menores e mais qualidade de acabamento. A gente quer deixar isso a critério do beneficiário", afirmou
O ministro disse que o valor do voucher dependerá dos preços correntes no mercado imobiliário no local onde o imóvel será construído. O programa trabalha com valor médio de R$ 60 mil por beneficiário, em três tipos de voucher: o de aquisição, para comprar o imóvel já pronto; o de construção, para começar a casa do zero; e o de reforma, para melhorar ou ampliar a casa já existente.
Beneficiários com renda de até R$ 1.200
A princípio, o governo pretende oferecer vouchers a famílias com renda mensal de até R$ 1.200. Já as famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 5.000 mensais entrarão no programa de financiamento do programa.
Segundo Canuto, a ideia é oferecer juros abaixo dos cobrados atualmente. "Hoje a faixa é de 5% [ao ano]. A gente quer baixar isso para 4,5% ou 4% para ficar mais competitivo. Essa é a premissa base", ressaltou.
A expectativa do governo é que o novo programa resulte na construção de 400 mil unidades já em 2020. De acordo com a pasta, em 2019, foram entregues 245 mil residências pelo modelo atual e 233 mil estão em construção.
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