Trabalhador morre durante transporte de plataforma da Petrobras
A Petrobras divulgou um comunicado, hoje (8), no qual lamenta a morte de um trabalhador durante o transporte da plataforma P-70, da China para o Brasil. A plataforma foi construída no estaleiro COOEC, em Qingdao, na China.
De acordo com o comunicado, seis trabalhadores passaram mal após a ingestão de álcool etílico e um deles morreu. "Os demais foram internados na África do Sul e estão estáveis", informou a estatal. Não foram fornecidos detalhes das circunstâncias em que ocorreu a ingestão de álcool etílico.
Segundo a Petrobras, os trabalhadores são da empresa holandesa Boskalis, contratada pelo estaleiro para realizar o transporte da plataforma. Nenhum deles integra os quadros da estatal brasileira.
"A Petrobras está garantindo que toda assistência seja prestada. A companhia está em contato com o estaleiro chinês COOEC, contratante da Boskalis, para que todas as providências cabíveis sejam tomadas", diz o comunicado.
De acordo com a Petrobras, o ocorrido com os seis trabalhadores não impacta no cronograma de implantação da nova estrutura. Ela está sendo transportada pela modalidade dry tow. "Ao invés de ser conduzida por rebocadores oceânicos, a unidade será embarcada em um semi-submersible heavy lift ship (navio semissubmersível para transporte de carga pesada)", informou a estatal brasileira quando anunciou no mês passado a conclusão da P-70.
Segundo a Petrobras, esta é a segunda vez no mundo que o transporte de uma estrutura desse porte usa a modalidade dry tow. A primeira foi com a P-67. A estatal afirma que o dry tow reduz em cerca de 40 dias o tempo de viagem da China ao Brasil.
Plataforma
Prevista para operar na Bacia de Santos, a P-70 tem capacidade para produzir 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Ela faz parte de uma série de plataformas que respondem por parte da produção no pré-sal. As unidades P-66, P-67, P-68 e P-69 já tiveram a operação iniciada.
A plataforma pesa aproximadamente 78 mil toneladas.
A Boskalis foi procurada pela Agência Brasil, mas não retornou ao contato.
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