Bolsonaro diz não ter decidido sobre subsídio na conta de luz de igrejas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou hoje que "está apanhando e não decidiu nada ainda" sobre a possibilidade de conceder subsídio na conta de luz para templos religiosos de grande porte.
Ao deixar o Palácio do Alvorada, nesta manhã, Bolsonaro reclamou das críticas que têm recebido: "Não sei por que essa fama de dar pancada em mim o tempo todo. Eu assinei o decreto? Então, por que essa pancada?".
O mandatário também disse que não tem uma opinião para emitir à imprensa sobre a iniciativa em si. No entanto, a possibilidade de um subsídio na conta de luz das igrejas está sendo analisada a pedido do próprio presidente, segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo".
Uma minuta de decreto foi elaborada pelo Ministério de Minas e Energia e enviada para a pasta da Economia, mas a articulação provocou forte atrito no governo. Os técnicos rejeitam a medida, que vai na contramão da agenda do ministro Paulo Guedes, conhecido por defender a redução de benefícios desse tipo.
Embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evangélicos são o alvo da medida. A bancada desse segmento é hoje a principal base de sustentação do governo e Bolsonaro tem atendido suas reivindicações desde que assumiu a Presidência. A influência de líderes evangélicos sobre o Palácio do Planalto é cada vez maior e o próprio presidente já disse que quer tê-los por perto na administração.
Questionado sobre o momento em que assinaria ou não o decreto, o presidente afirmou apenas que "decide na hora certa".
Voluntariamente, Bolsonaro mencionou o livro "Tormenta - O governo Bolsonaro: Crises, Intrigas e Segredo", da jornalista Thaís Oyama, que será lançado em 20 de janeiro, para argumentar que não deve explicações à imprensa.
"Tem uma colega de vocês que fez um livro em que leu o meu pensamento. Acho que eu não tenho que conversar com vocês", disse. "O livro é fake news. É um livro mentiroso."
A obra, que será lançada em 20 de janeiro, relata que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (hoje senador, filho do mandatário), faltou a depoimento no Ministério Público do Rio por ordem do presidente da República, em 2018.
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