Reforma administrativa "é simples de aprovar", diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai enviar ao Congresso em duas ou três semanas o texto da reforma administrativa, que altera regras sobre a carreira do funcionalismo público. Para ele, a reforma deve passar sem problemas.
"Acho que é a mais simples de aprovar porque não atinge os direitos atuais. Mas se começar a turbinar um pouco mais, pode ser diferente" afirmou Guedes durante evento em São Paulo, organizado CLP (Centro de Liderança Pública).
Guedes disse que a reforma administrativa é o terceiro ataque contra o "Estado ineficiente brasileiro", depois da reforma da Previdência e das medidas de controle de gastos correntes.
"O Brasil era uma baleia se debatendo. Agora conseguimos fazer ela parar e tirar os arpões. A reforma administrativa é o terceiro arpão que estamos tirando" disse.
Prazos
Guedes afirmou que o texto não foi enviado antes porque o presidente Jair Bolsonaro preferiu esperar um momento melhor. Ele avaliou que as manifestações em países latino-americanos, como Chile, poderiam contaminar o debate e aumentar a resistência da oposição.
"A reforma não atinge o direito de quem está lá. Vai ter avaliação. Se não é possível, politicamente, atingir os atuais, vamos ter um filtro para os novos", afirmou.
Segundo ele, esse é o momento de enviar o texto. "Quanto mais o tempo passa, maior a desidratação. A resistência cresce com o tempo" afirmou. "Vamos encaminhar tudo. O compromisso está acertado com o Congresso".
Tributária e pacto federativo
O ministro da Economia disse que também acredita no encaminhamento da reforma tributária e do pacto federativo.
Para ele essas duas mudanças podem devolver o poder do Orçamento aos políticos.
"A PEC é a mais importante. Leva a classe política a controlar o Orçamento. Aqui o ministro anda com um sacão de dinheiro e todo mundo correndo atrás. Está errado", afirmou.
Para a reforma tributária, o plano é tratar de temas em separado, como o IVA federal. Na sequência, ir "acoplando" outras mudanças.
A estratégia será enviar propostas que podem ser avaliadas e acopladas para uma comissão mista. "Se funcionar rápido, ela pode ser aprovada este ano", disse. "Aprovamos o IVA. Estados e municípios estão de acordo? Acoplem", disse.
Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Maispodcasts do UOL no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.