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Reforma administrativa "é simples de aprovar", diz Guedes

Ministro da Economia, Paulo Guedes - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

João José Oliveira

Do UOL, em São Paulo

30/01/2020 10h38

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai enviar ao Congresso em duas ou três semanas o texto da reforma administrativa, que altera regras sobre a carreira do funcionalismo público. Para ele, a reforma deve passar sem problemas.

"Acho que é a mais simples de aprovar porque não atinge os direitos atuais. Mas se começar a turbinar um pouco mais, pode ser diferente" afirmou Guedes durante evento em São Paulo, organizado CLP (Centro de Liderança Pública).

Guedes disse que a reforma administrativa é o terceiro ataque contra o "Estado ineficiente brasileiro", depois da reforma da Previdência e das medidas de controle de gastos correntes.

"O Brasil era uma baleia se debatendo. Agora conseguimos fazer ela parar e tirar os arpões. A reforma administrativa é o terceiro arpão que estamos tirando" disse.

Prazos

Guedes afirmou que o texto não foi enviado antes porque o presidente Jair Bolsonaro preferiu esperar um momento melhor. Ele avaliou que as manifestações em países latino-americanos, como Chile, poderiam contaminar o debate e aumentar a resistência da oposição.

"A reforma não atinge o direito de quem está lá. Vai ter avaliação. Se não é possível, politicamente, atingir os atuais, vamos ter um filtro para os novos", afirmou.

Segundo ele, esse é o momento de enviar o texto. "Quanto mais o tempo passa, maior a desidratação. A resistência cresce com o tempo" afirmou. "Vamos encaminhar tudo. O compromisso está acertado com o Congresso".

Tributária e pacto federativo

O ministro da Economia disse que também acredita no encaminhamento da reforma tributária e do pacto federativo.

Para ele essas duas mudanças podem devolver o poder do Orçamento aos políticos.

"A PEC é a mais importante. Leva a classe política a controlar o Orçamento. Aqui o ministro anda com um sacão de dinheiro e todo mundo correndo atrás. Está errado", afirmou.

Para a reforma tributária, o plano é tratar de temas em separado, como o IVA federal. Na sequência, ir "acoplando" outras mudanças.

A estratégia será enviar propostas que podem ser avaliadas e acopladas para uma comissão mista. "Se funcionar rápido, ela pode ser aprovada este ano", disse. "Aprovamos o IVA. Estados e municípios estão de acordo? Acoplem", disse.

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