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Evento com Bolsonaro e empresários é cancelado; Planalto se justifica

Presidente Jair Bolsonaro em Brasília -
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília

Carla Araújo

Colaboração para o UOL, em Brasília

18/02/2020 17h28Atualizada em 18/02/2020 19h18

O lançamento do Programa Brasil Mais, que estava agendado para acontecer hoje, às 17h30, foi cancelado. Cerca de uma hora depois, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou, num pronunciamento, que o cancelamento da cerimônia foi motivado por uma reunião ministerial para tratar da reforma administrativa.

Convidados, que faziam uma enorme fila na entrada do Planalto, foram avisados que não haveria mais a cerimônia, mas também não tiveram nenhuma justificativa em um primeiro momento. Alguns empresários saíram irritados, reclamando que "parte do PIB" estava sendo dispensada, sem explicações.

O evento estava marcado para logo depois da cerimônia de posse do general Braga Netto na Casa Civil. Jornalistas, inclusive, foram impedidos de circular após o primeiro evento, com a justificativa de que o Salão Nobre precisaria ser arrumado para a cerimônia que não ocorreu.

Aumentar a produtividade

O Programa Mais Brasil terá investimentos em torno de R$ 1 bilhão e, segundo Rêgo Barros, será "o segundo maior programa de produtividade do mundo e o maior programa de transformação digital da América Latina".

De acordo com as informações do site do programa, o objetivo é atender 200 mil micro, pequenos e médios empreendimentos da indústria, comércio e serviços no país até 2022, com ferramentas para melhoria da gestão e aumento da produtividade.

"O programa reúne metodologias e ferramentas de baixo custo voltadas para melhorar a capacidade de gestão e de produção, para reduzir desperdício e aprimorar processos, em um cenário de transformação digital", diz o site.

A coordenação será feita pelo Ministério da Economia, com gestão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A execução do programa ficará a cargo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Insulto a jornalista da Folha

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insultou a repórter da Folha Patrícia Campos Mello com uma insinuação sexual.

O presidente afirmou que a jornalista "queria um furo", em referência a uma reportagem na qual Patrícia entrevistou um ex-funcionário de uma agência de disparos em massa por Whatsapp. "Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim", disse o presidente, que deu risadas da declaração, ao lado de simpatizantes, no Palácio da Alvorada.

(Com Reuters)