Contratação de temporários pode custar até R$ 160 milhões, estima governo
Resumo da notícia
- Este é o valor caso todas as 8.220 vagas ofertadas (7.400 só para o INSS) sejam preenchidas
- Governo assinou MP que permite contratação temporária de servidores federais aposentados, incluindo militares inativos
- Grande maioria das contratações prevê remuneração de R$ 2.100
- Inscrições devem ser de 23 a 29 de março, e o início das atividades deve ser entre 13 e 17 de abril
- Secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que intenção do governo não é acabar com concursos públicos
O governo estima que vá custar R$ 160 milhões a abertura de contratação de servidores inativos, incluindo militares, para preencher vagas temporárias na administração pública. Segundo o secretário de Previdência, Narlon Gutierre Nogueira, este é o valor caso todas as 8.220 vagas ofertadas (7.400 só para o INSS) sejam preenchidas.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou a Medida Provisória 922, que permite a contratação temporária de servidores federais aposentados, incluindo militares inativos, pelos órgãos da administração federal.
Há uma previsão no Orçamento para os gastos com contratações temporárias, de acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, mas serão analisadas as prioridades.
Não temos orçamento infinito. Pelo contrário, é reduzido. Existe a limitação, e a ideia é se pautar pelas demandas que forem as mais emergenciais
Flávia Goulart, secretária-adjunta de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
Maioria receberá R$ 2.100
A grande maioria das contratações prevê uma remuneração de R$ 2.100, mas há também funções com remuneração de R$ 4.200.
O cronograma de contratação prevê que os servidores interessados nas vagas façam as inscrições de 23 a 29 de março, e a lista com o resultado preliminar seja publicada em 2 de abril. O início das atividades e a assinatura do contrato devem acontecer entre 13 e 17 de abril.
'Ninguém quer burlar concurso público'
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que a intenção do governo não é acabar com os concursos públicos.
Obviamente ninguém está querendo burlar ou se esquivar do concurso público. É totalmente diferente de uma contratação temporária, e algo excepcional.
Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho
Segundo Bianco, a medida é um instrumento de gestão do governo que busca "melhorar e diminuir o tamanho do estado".
Para o secretário, a MP 922 é o "contrário da flexibilização". "A MP está dizendo, de maneira clara: se não houver caráter excepcional, haverá concurso público", disse.
Bianco lembrou que, no momento, há restrições de concursos públicos por limitações orçamentárias, e que a situação do INSS —que possui uma fila de cerca de 1,3 milhão de pessoas— é "excepcional".
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