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Governo reduz projeção de PIB de 2,4% para 2,1% em 2020, após coronavírus

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

11/03/2020 10h26Atualizada em 11/03/2020 11h13

O governo reduziu na manhã de hoje a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, de 2,4% para 2,1%. Segundo o Ministério da Economia, o motivo foi o surto global do novo coronavírus, que reduziu o nível de atividade das empresas.

Apesar da redução, a projeção ainda é maior do que a do mercado. Os analistas esperam que a economia brasileira cresça 1,99%, conforme dados divulgados pelo BC (Banco Central) na última segunda-feira (9).

Para o governo, o coronavírus deve ter um impacto de negativo 0,1 ponto percentual a 0,5 ponto percentual, com "um valor próximo a 0,3 ponto percentual como sendo o cenário mais provável".

A equipe econômica também reduziu a projeção de inflação para 2020, de 3,62% para 3,12%.

Para os anos seguintes, o governo manteve as projeções para o PIB. Entre 2021 e 2024, a expectativa de crescimento é de 2,5%.

Resposta ao surto é continuar reformas, diz governo

A equipe econômica manteve o discurso de que a melhor resposta ao coronavírus é continuar com o debate sobre as reformas no Congresso Nacional. Mas o governo admitiu que os riscos de um crescimento menor existem.

"É importante destacar que o cenário de crescimento para este ano tornou-se mais desafiador. Estamos monitorando de perto os desdobramentos da covid-19 e a recente queda no preço do petróleo e reafirmamos que a melhor resposta ao novo cenário é perseverar com as reformas fiscais e estruturais", disse o governo.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou mensagem aos presidentes da Câmara e do Senado pedindo que acelerem a pauta de reformas diante da crise provocada pelo surto do coronavírus, destacando que os projetos são necessários para resguardar a economia do país.

Queda das exportações

Segundo o governo, o coronavírus reduz as exportações, provoca uma queda no preço das commodities exportadas, como soja e minério de ferro, e afeta a indústria, que para de receber componentes chineses para a fabricação de outros produtos.

Além disso, o governo afirmou que o surto reduz o fluxo de pessoas e mercadorias e leva consumidores e empresários a adiar decisões de consumo e investimento.

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