Risco de recessão no Brasil e nos EUA é real, dizem analistas
A possibilidade de recessão (crise econômica mais profunda) no Brasil e nos EUA já uma realidade para alguns economistas, após a pandemia de coronavírus. Há estimativa de que a queda do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil chegar a 0,9%, impulsionada pela paralisia dos investimentos e do consumo das famílias.
O economista-chefe para América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, declarou que é improvável que as medidas adotadas pelo governo sejam capazes de compensar a paralisia da economia brasileira. Ele estimou que a recessão deve chegar a 0,9%.
"É provável que o consumo privado sofra com a escalada das medidas voluntárias e obrigatórias de distanciamento social e com a perda de renda pelos trabalhadores autônomos e temporários. Os gastos com investimentos provavelmente sofrerão com o aumento significativo da incerteza, perspectivas ruins a curto prazo e aperto significativo das condições financeiras", declarou.
Ramos também espera PIB negativo na Argentina, no Chile, no Equador e no México. Nas contas pele, Peru e Colômbia não entrarão em recessão, mas a variação será zero.
Recessão nos Estados Unidos e no Brasil
Em relatório distribuído aos clientes, o Bank Of America (BofA) estimou que a economia brasileira terá uma recessão de 0,5% e o PIB dos Estados Unidos terá uma queda de 0,8%, impactados pela pandemia de coronavírus.
"A recessão (no Brasil) é impactada por menor consumo privado e menores investimentos. Ainda há uma grande incerteza sobre a previsão, pois não está claro quando as coisas começarão a normalizar", informou o banco.
A instituição financeira ainda alertou que o risco é que a queda do PIB seja ainda maior, diante da falta de clareza sobre o processo de recuperação da economia brasileira.
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