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Após ministério, Roberto Jefferson defende extinção da Justiça do Trabalho

Do UOL, em São Paulo

27/04/2020 16h48Atualizada em 27/04/2020 18h11

Após a extinção do Ministério do Trabalho, o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, defendeu o fim da Justiça do Trabalho. Para Jefferson, os dois órgãos são um "desastre" nas intervenções trabalhistas e "não têm mais que existir".

"Não tem mais que existir Ministério do Trabalho, não há mais necessidade de Justiça do Trabalho. Fui ler agora quanto é o orçamento da Justiça do Trabalho: R$ 22 bilhões por ano para resolver R$ 6 bilhões em ações e acordos. A Justiça do Trabalho custa quatro vezes mais do que dá em soluções", disse Jefferson em conversa com o colunista do UOL Tales Faria.

Segundo o ex-deputado, as empresas podem negociar diretamente com os trabalhadores sem necessidade de participação dos sindicatos.

"A empresa se reúne no chão da fábrica com seus empregados e discute as conveniências daquele grupo. A empresa e o grupo entendem suas necessidades, não precisam de intervenção dos sindicatos", defendeu.

'Meu pensamento é liberal'

Roberto Jefferson ainda fez elogios ao ministro da Economia, Paulo Guedes, mas disse ter medo do "Plano Marshall" (programa de recuperação da Europa após a Segunda Guerra Mundial) que está sendo montado no governo, uma vez que a União não tem tanto dinheiro assim para investir na economia.

"O Estado não pode ser indutor [da economia] porque está sem recursos. Meu pensamento é liberal, e entendo que o pensamento do Guedes é o de injetar recursos nas empresas privadas. Isso faz o dinheiro girar muito mais rápido, então a retomada da economia é muito mais rápida. Tudo em que o Estado entra é muito lento", opinou.