Com Lula e FHC, políticos pedem união e criticam Bolsonaro em 1º de Maio
A crise sanitária e as consequências econômicas provocadas pela epidemia do novo coronavírus deram o tom dos discursos de políticos que participaram da transmissão organizada por centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalho. Na maioria dos discursos, os participantes fizeram pedidos por união para superar o momento.
O palanque virtual reuniu os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso; Ciro Gomes; Marina Silva; Fernando Haddad; o senador Randolfe Rodrigues e o governador do Maranhão, Flávio Dino.
"Estamos vivendo os mais tenebrosos dias da nossa história", disse Lula. O petista prestou solidariedade aos que perderam familiares em razão da covid-19, fez um discurso crítico ao capitalismo e disse esperar que "a tragédia do coronavírus seja parteira do verdadeiro mundo novo", em que "o coletivo haverá de triunfar sobre o individual".
Sem citar Bolsonaro nominalmente, Lula disse que o presidente debocha da memória "dos mais de cinco mil brasileiros mortos pelo covid".
Marina Silva também criticou o presidente sem citá-lo nominalmente. "Não se pode permitir que qualquer governo, com seus delírios autoritários, retome no País um processo de ditadura", afirmou. A ex-ministra também afirmou que a pandemia agrava problemas sociais, especialmente o desemprego.
Já Randolfe disse que o governo Bolsonaro é "o principal aliado do vírus" e "uma ameaça à democracia brasileira". "Temos que sistematicamente denunciar e apurar o conjunto de crimes de Jair Bolsonaro", disse a ex-deputada federal Manuela D'Ávila, sem se referir a episódios específicos.
A ex-presidente Dilma e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pregaram "fora, Bolsonaro" em seus pronunciamentos. Dilma disse que a pandemia se agravou no Brasil devido ao comportamento omisso do governo federal. "Não nos resta agora outro caminho que não gritar 'fora, Bolsonaro", afirmou a ex-presidente.
Ciro Gomes disse que a crise da pandemia é a oportunidade de pensar sobre modelos de desenvolvimento para o país e defendeu um projeto que priorize o trabalhador.
Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o momento é de união: "Não é hora de nos desunirmos, temos que nos juntar, porque temos que construir o futuro". O tucano não fez menção a Jair Bolsonaro e disse que é importante manter a democracia e a liberdade no país.
Haddad disse que a tarefa do momento "é resistir, recompor campo progressista". Flávio Dino, defendeu que as grandes tarefas do poder público são defender a saúde dos brasileiros e a economia, preservando empregos.
A programação também exibiu apresentações musicais de Roger Waters (ex Pink Floyd), Zélia Duncan, Leci Brandão e Odair José.
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