Propósito e métricas: os desafios para o marketing de influência no Brasil
Encontrar influenciadores alinhados com o objetivo da marca e a falta de conhecimento em planejar as metas e mensurar os resultados são os maiores desafios para o crescimento do marketing de influência no Brasil.
Estes são os resultados de uma pesquisa realizada pela Kantar Ibope Media e pela Squid, que ouviram 40 anunciantes e agências que já trabalham com este tipo de iniciativa no país. A falta de um propósito em comum surge como desafio para 62% dos entrevistados. Para 55%, o planejamento e falta de relatórios com resultados é a maior adversidade.
"Mais do que nunca, os influenciadores precisam estar alinhados aos valores das empresas. A gente está vendo uma comunicação ainda mais humana, deixando de lado superproduções, para uma realidade mais próxima das pessoas. As marcas estão vendo como essa proximidade do usuário final faz a diferença", afirma Felipe Oliva, CSO e cofundador da Squid.
Instagram à frente
Segundo a pesquisa, 45% das agências e anunciantes apontaram que as campanhas obedecem a uma periodicidade mensal. Para 25% deles, a estratégia é utilizada a cada três meses. Em 22,5% das respostas, a opção de usar marketing de influência é utilizada somente em lançamentos de novos produtos ou serviços.
De acordo com o estudo, as campanhas são executadas, principalmente, no Instagram (98% delas), YouTube (73%) e Facebook (55%). "O Instagram tem uma construção na história das redes sociais muito interessante. Antes era a rede de compartilhar comida, mostrar uma viagem bacana, agora se tornou um ponto de troca de referências", declara Oliva.
Segundo o executivo, a rede acaba se tornando quase um catálogo para os usuários. "Com a epidemia, a gente vê que a perfeição dos feeds e viagens internacionais, por exemplo, agora dão lugar a casas e ambientes fechados, que mostram humanidade das pessoas", afirma.
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