Cliente sem covid usa menos o plano de saúde, e ganho de operadoras sobe
A menor procura por exames e procedimentos médico-hospitalares não relacionados ao coronavírus reduziu os gastos das operadoras de planos de saúde com despesas hospitalares. Com a queda, sobra uma fatia maior da mensalidade paga pelos clientes, o que aumentou a lucratividade as empresas. Os dados fazem parte de um levantamento da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O percentual médio das mensalidades usado pelos planos para pagamento de custos médicos caiu de 76% em abril para 66% em maio, o menor nível desde o início da série histórica, em fevereiro de 2016. O índice costuma ficar próximo de 80% e nunca tinha sido registrado abaixo de 74%.
O número significa que, em média, 66% do que os planos de saúde receberam de seus beneficiários em maio foi gasto para cobrir exames, consultas, cirurgias e outros gastos hospitalares. Quanto menor a taxa, maior a lucratividade dos planos de saúde.
Inadimplência aumentou
A inadimplência dos beneficiários, por outro lado, registrou leve alta. A média passou de 13% em abril para 16% em maio —movimento que indica que mais pessoas estão deixando de pagar as mensalidades.
Apesar da procura por serviços de saúde relacionados ao coronavírus, a pandemia fez cair bastante o número de autorizações emitidas para exames e terapias. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 62% em abril e de 46% em maio de 2020.
Segundo a agência, "os números de maio mostram leve retomada das consultas em pronto-socorro não relacionadas à Covid-19 e no número de exames e terapias realizados fora do ambiente hospitalar, mas esses ainda são inferiores ao mesmo período do ano anterior".
Os dados são da segunda edição do Boletim Covid-19 da ANS, com informações prestadas por 102 operadoras, que atendem 74% dos consumidores de planos de saúde médico-hospitalares.
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