Dólar cai 0,91%, a R$ 5,415, após quatro altas; Bolsa recua 1,23%
O dólar comercial fechou hoje (11) com desvalorização de 0,91%, cotado a R$ 5,415 na venda, interrompendo uma sequência de quatro altas seguidas. Ontem (10) a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 5,465, com valorização de 0,97%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 1,23%, a 102.174,40 pontos. Ontem (10) o Ibovespa fechou em alta 0,65%, a 103.444,477 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Vacina contra covid-19 na Rússia
"A gente vê que o ambiente externo está positivo hoje", disse à agência de notícias Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. "A notícia de que o (presidente dos EUA Donald) Trump está planejando corte de imposto e a notícia da vacina da Rússia —embora resultados não tenham sido divulgados— favorecem o bom humor."
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que o país tornou-se o primeiro do mundo a dar aprovação regulatória para uma vacina contra a covid-19, depois de menos de dois meses de testes em humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está discutindo com autoridades de saúde da Rússia o processo para uma possível pré-qualificação pela OMS da vacina, enquanto o chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, disse que a vacina será produzida no Brasil.
Enquanto isso, nos EUA, o presidente Donald Trump assinou no sábado uma série de decretos para oferecer alívio econômico adicional aos norte-americanos atingidos pela pandemia do coronavírus, depois que seus negociadores não conseguiram chegar a um acordo com o Congresso.
Juros no Brasil
No Brasil, o Banco Central afirmou que a Selic está próxima de um limite a partir do qual poderia provocar instabilidade nos preços de ativos e, sobre a porta aberta para eventuais cortes nos juros básicos à frente, indicou que precisará de maior clareza sobre a atividade econômica, sendo que essas reduções podem ser "temporalmente espaçadas".
A redução dos juros a mínimas históricas sucessivas tem sido um fator apontado como principal responsável pela valorização do dólar frente ao real em 2020, uma vez que prejudica rendimentos locais atrelados à Selic, afastando o investimento estrangeiro e afetando o fluxo cambial.
*Com Reuters
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