No auge da pandemia, consumo das famílias tem queda histórica de 12,5%
No auge do isolamento causado pela pandemia de coronavírus, o consumo das famílias brasileiras despencou 12,5% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre anterior. É a maior queda registrada na série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O consumo das famílias representa 65% do PIB (Produto Interno Bruto).
Foi o segundo semestre seguido de queda, após 11 avanços consecutivos. Os dados fazem parte do PIB e foram divulgados hoje pelo IBGE. Eles mostram que a economia brasileira teve uma queda histórica de 9,7% no período, em relação ao trimestre anterior, e de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O recuo no consumo das famílias pode ser explicado pelo isolamento social no país, proibição de funcionamento de algumas atividades, especialmente de serviços prestados às famílias, além do aumento do desemprego e da queda da massa de salarial no país no segundo trimestre.
O consumo das famílias não caiu mais porque tivemos programas de apoio financeiro do governo. Isso injetou liquidez na economia. Também houve um crescimento do crédito voltado às pessoas físicas, que compensou um pouco os efeitos negativos.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE
O consumo total das famílias no 2º trimestre do 2020 foi estimado em R$ 1 trilhão pelo IBGE. Em comparação ao 2º trimestre de 2019, o recuo foi de 13,5%.
Consumo do governo também caiu
O consumo do governo recuou 8,8% no 2º trimestre, muito por conta das quedas em saúde e educação públicas, segundo a coordenadora do IBGE.
Na saúde, os gastos ficaram mais focados no combate à Covid-19, e as pessoas tiveram receio de buscar outros serviços, como consultas e exames, durante a pandemia. Na educação, utilizamos nas contas o percentual do Ministério da Educação de alunos que tiveram aulas ou não. Isso fez com o que o consumo do governo caísse bastante também.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE
As despesas de consumo do governo ficaram em R$ 370 bilhões no 2º trimestre. Comparado ao mesmo período de 2019, o consumo do governo apresentou queda de 8,6%.
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