Secretário diz que queda do PIB no 2º trimestre refletiu "fundo do poço"
O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que a queda do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre de 2020 refletiu o "fundo do poço". Em entrevista à GloboNews, Waldery disse que o Brasil já está em processo de recuperação dos efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
Números divulgados hoje pelo IBGE mostraram que o PIB brasileiro encolheu 9,7% no segundo semestre de 2020 na comparação com o primeiro e 11,4% em relação ao segundo trimestre de 2019.
"De fato, estava em linha com as estimativas de mercado e reflete diretamente um fundo do poço. Quando a gente olha, por exemplo, dados de arrecadação do governo federal, esse fundo do poço é mais ou menos o mês de abril para maio", disse.
"O segundo trimestre de fato configura um fundo do poço e isso é ratificado por vários indicadores que usamos, tanto de arrecadação quanto também os dados das pesquisas setoriais do próprio IBGE na área de comércio, serviços, indústria, o setor da construção civil", disse.
Segundo Waldery, a perspectiva de recuperação não se limita aos efeitos do auxílio emergencial, que foi estendido até o final com o valor de R$ 300.
"Não é apenas o auxílio emergencial que leva a esse resultado positivo. Sem dúvidas, ele tem um papel fundamental e foi feito de forma legítima, prevista em lei, porque estamos em calamidade pública. O governo foi extremamente célere. O nosso gasto com percentual do PIB nesse enfrentamento das mazelas do coronavírus é da ordem de 7,5%, à frente dos países ricos e muito à frente dos países emergentes", disse.
"É um tratamento devido. Com despesas contidas em 2020, entendemos que esse tratamento, tanto para manutenção do emprego quando não deixar os mais vulneráveis sofrerem com o coronavírus é extremamente importante, e a economia tem esse reflexo positivo", completou.
A perspectiva de que o pior já passou, no entanto, não faz Waldery fazer projeções muito diferente das já esperadas até o final deste ano.
"A atividade econômica de fato não vai ter números grandes. Nossa estimativa é de queda de 4,7%, isso vai ser revisado nos próximos dias. E entendemos que sair do fundo do poço nossa intenção é voltar o dinamismo econômico, e voltar ao equilíbrio fiscal com essa agenda de reformas, tributária, administrativa, um fast track, uma rapidez na privatização, e pacto federativo", disse.
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