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PIB: BC prevê alta de 4% em 2021, mas depende de reformas e covid em baixa

Estimativa do BC é melhor do que a divulgada pelo Ministério da Economia no PLOA, de alta de 3,2% - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
Estimativa do BC é melhor do que a divulgada pelo Ministério da Economia no PLOA, de alta de 3,2% Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

02/09/2020 10h23Atualizada em 02/09/2020 15h25

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou hoje que a economia brasileira deve registrar uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 5% em 2020 e um crescimento de 4% em 2021.

Campos Neto também declarou que a queda de 9,7% do PIB do segundo trimestre de 2020 era esperada, mas que os sinais de recuperação já são evidentes. Ele citou que o agronegócio não parou as máquinas nas lavouras durante a pandemia.

A projeção de crescimento do presidente do BC para 2021 é melhor do que a divulgada pelo Ministério da Economia. Durante a divulgação do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), o governo estimou uma alta de 3,2% do PIB para o próximo ano.

Coronavírus é risco para recuperação, diz Campos Neto

O principal risco para barrar o processo de recuperação da economia é uma segunda onda de contaminação do coronavírus, afirmou o presidente do BC. Segundo ele, essa possibilidade não está contemplada nas projeções.

"Uma segunda onda é o principal risco para a recuperação do crescimento econômico. É algo que não esperamos hoje. Também temos o fator medo que é um risco. As pessoas podem se manter em casa e não comprar", declarou durante evento promovido pela Bloomberg.

Além disso, Campos Neto declarou que o processo de recuperação da economia depende de reformas para equilibrar as finanças públicas. "É impossível ter juros baixos e inflação baixa sem disciplina fiscal.", disse.