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Azul, Gol e Latam têm prejuízo de R$ 6,2 bilhões no 2º trimestre, diz Anac

Manop1984/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Manop1984/Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

23/10/2020 12h47Atualizada em 23/10/2020 14h25

As três principais empresas aéreas brasileiras —Azul, Gol, Latam— tiveram juntas um prejuízo de R$ 6,2 bilhões no segundo trimestre. O resultado corresponde a uma variação negativa de 399,6%, na comparação com lucro líquido de R$ 191,8 milhões registrado no mesmo período de 2019.

Esse foi o pior resultado obtido em um trimestre pelas empresas aéreas em toda a série histórica, iniciada em 2015. Os dados foram divulgados hoje pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) com base nas demonstrações contábeis informadas pelas empresas.

Nos seis primeiros meses do ano, juntas, as companhias aéreas brasileiras acumulam prejuízo total de R$ 15,7 bilhões, o equivalente a uma margem líquida negativa de 129,6%, ante prejuízo líquido de R$ 107,2 milhões registrado no mesmo período de 2019.

A pandemia do coronavírus foi a principal causa para as perdas no setor de aviação. No segundo trimestre deste ano, houve redução de 90% na demanda por transporte aéreo (RPK), de 88% na oferta de transporte aéreo (ASK) e de 91% na quantidade de passageiros pagos transportados, na comparação com mesmo período de 2019.

Crise provoca mudanças nos custos e receitas das empresas

A retração do setor aéreo provocou mudança na composição das receitas e dos custos das empresas. A venda de passagens aéreas passou de 86,3% das receitas no segundo trimestre do ano passado para 51,8% no mesmo período deste ano.

As receitas de carga e mala postal também apresentaram redução no mesmo período apurado, de 33,3%. Entretanto, a representatividade das receitas obtidas por esses serviços passou de 4,7%, em 2019, para 27% este ano.

Em relação aos custos operacionais, com a redução de voos, houve uma queda expressiva da representatividade do combustível e de pessoal.

Esses indicadores representaram 5,4% e 6,7%, respectivamente, dos custos e despesas dos serviços aéreos públicos, o que corresponde à redução de 90,6% e 78,5% em relação ao mesmo período de 2019. No segundo trimestre do ano passado, esses custos representaram 29,6% e 16,1%, respectivamente.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava incorretamente, no título, que o prejuízo de R$ 6,2 bilhões foi registrado no segundo semestre. O título foi destacado na home-page. Na verdade, o prejuízo se refere ao segundo trimestre. A informação foi corrigida.