Guedes defende imposto ao estilo da CPMF, depois diz que ele 'está morto'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF, mas, pouco tempo depois, recuou e disse que "o imposto está morto". As declarações foram feitas hoje durante audiência em uma comissão mista do Congresso sobre a pandemia de coronavírus.
Primeiro, Guedes declarou que o Brasil é a terceira ou quarta maior economia digital do mundo e isso levará o governo a criar um imposto digital. Segundo ele, a medida não implicará aumento da carga tributária, já que outros tributos serão reduzidos e o governo está interessado em tirar impostos que incidem sobre a folha de pagamentos, na chamada desoneração.
Guedes defende que geração de empregos no Brasil depende da extinção ou redução da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários. A ideia da equipe econômica é substituir essa contribuição pelo imposto sobre transações digitais. Seria similar à CPMF (o imposto do cheque), embora o ministro rejeite essa comparação.
"Tem um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou quarta maior economia digital do mundo e nós vamos ter que ter um imposto digital mesmo. Querem aumentar imposto? Não, nós vamos diminuir os outros. Vamos simplificar os outros. Vamos desonerar a mão de obra. Estamos indo para um futuro melhor", disse, num primeiro momento.
Depois, mudou o discurso. "Do meu ponto de vista, o imposto está morto, não tem imposto nenhum, não tem desoneração, não tem como fazer", afirmou. "Inclusive o presidente, toda vez que o assunto levanta, ele justamente fala 'olha ou tem uma coisa certa, segura e está feita, ou não existe esse imposto'".
(Com Reuters)
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