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Se vier uma 2ª onda de covid, vamos trabalhar de forma decisiva, diz Guedes

22.out.2020 - O ministro Paulo Guedes afirmou que o governo trabalhará de forma decisiva se houver uma segunda onda de coronavírus  - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
22.out.2020 - O ministro Paulo Guedes afirmou que o governo trabalhará de forma decisiva se houver uma segunda onda de coronavírus Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

29/10/2020 11h24

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o governo trabalhará de forma decisiva se houver uma segunda onda de coronavírus no Brasil. Apesar disso, ele declarou que o governo ainda não trabalha com a perspectiva de que isso ocorra.

Enquanto no Brasil o número de mortes diminui, na Europa e nos Estados Unidos, os números de casos do coronavírus voltaram a subir. Na França, o governo decretou lockdown a partir de amanhã.

"Daremos uma resposta igualmente decisiva e encontraremos os recursos [se vier uma segunda onda do coronavírus]. Entraremos em economia de guerra. Mas esse não é o plano A e não vemos isso no momento. Vemos a doença descendo, a economia voltando, o auxílio emergencial aterrissando", declarou.

Segundo Guedes, a prioridade do governo no momento é atacar o desemprego com geração de emprego e renda.

O desemprego atingiu 13,5 milhões em setembro, batendo recorde. A taxa de desocupação subiu para 14% no mês, a maior da série histórica.

O ministro defende a desoneração da folha de salários das empresas para gerar empregos. Em contrapartida, quer criar um novo imposto, nos moldes da antiga CPMF.

Reformas estruturais são necessárias, diz ministro

Guedes também declarou que o Congresso precisa voltar a debater e votar as reformas para reequilibrar as contas públicas.

Segundo ele, a dívida pública já é equivalente a 100% do PIB (Produto Interno Bruto) e não há possibilidade de que o auxílio emergencial se torne permanente.

"O que não podemos é, por falta de honestidade e responsabilidade, estender benefícios ao invés de enfrentar os desafios orçamentários. Para isso não contem comigo. Contem comigo para uma resposta política correta", disse Guedes.