Lira diz que "situação está ficando crítica" e cobra alternativa de Guedes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou hoje que a "situação está ficando crítica na população" e cobrou o ministro da Economia, Paulo Guedes, quanto a uma alternativa ao auxílio emergencial.
Os parlamentares vêm insistindo na necessidade de que se retorne com o auxílio emergencial à população mais carente, se amplie o Bolsa Família ou se crie outro programa social. A equipe econômica, porém, ainda não apresentou oficialmente uma proposta. No caso de um novo programa, o auxílio seria transitório.
"Se nós tivermos alguma 'excepcionalização' com relação à calamidade pandêmica, acho que o governo tem os mecanismos para solucionar isso rápido", disse Lira.
"Mas urge que o ministro Guedes nos dê, com sensibilidade do governo, uma alternativa viável dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja. A situação está ficando crítica na população e a gente tem que encontrar uma alternativa", completou.
Lira afirmou não saber se onde sairiam os recursos para o auxílio, porque o Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado. A CMO (Comissão Mista de Orçamento) para a análise do orçamento foi instalada ontem, após meses de atrasos devido a brigas políticas e à própria pandemia.
Segundo o presidente da Câmara, as PECs (Propostas de Emenda à Constituição) emergencial e do pacto federativo, de ajuste fiscal, serão importantes para manter o orçamento dentro do teto de gastos.
"Nada fora do teto. Não há possibilidade de fazer nenhum movimento que quebre as regras que nós mesmos criamos de legislação a não ser com a pandemia, com uma segunda onda muito grave, que aí o governo teria seus mecanismos para startar", falou.
As demais comissões no Congresso deverão passar a funcionar realmente apenas na semana depois do carnaval. Segundo Lira, as PECs vão tramitar independentemente do auxílio.
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