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Lira diz que auxílio emergencial deverá ser de R$ 250 e será pago até junho

03.fev.2021 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou sobre a previsão do auxílio emergencial  - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
03.fev.2021 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou sobre a previsão do auxílio emergencial Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

01/03/2021 10h50

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse hoje que o valor do novo auxílio emergencial deverá ser de R$ 250 mensais e será pago em quatro meses.

Em entrevista à Record TV, o parlamentar disse que a leitura da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que inclui o pagamento, deverá ser feita amanhã e a votação no Senado ocorrerá na quarta-feira.

"Previsão é de que seja em torno de R$ 250, a princípio por 4 meses, pagando-se agora março, abril, maio e junho", disse ele.

A PEC é a grande aposta do governo para destravar um novo auxílio emergencial e, na mesma tacada, cortar gastos públicos.

O texto estava na pauta de quinta-feira (25), mas foi adiado. A proposta é extensa, tem pontos controversos como o fim do piso de gastos com saúde e educação e ainda precisa passar pela Câmara.

Lira disse que o assunto foi um dos tratados em encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e alguns de seus ministros ontem.

Vacinas e CPI da covid

Na entrevista, o parlamentar também disse que o país poderá ter cerca de 140 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 disponíveis nos meses de março, abril e maio, mas não detalhou de onde viriam esses imunizantes.

O presidente da Câmara afirmou ainda que as autoridades estão trabalhando duramente para que toda a população seja vacinada o mais rapidamente possível. "É a única saída que nós temos para garantir a saúde da população e amadurecimento da economia", avaliou.

Lira ainda explicou o motivo pelo qual é contrário à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as ações do governo federal no combate à pandemia agora. Em sua avaliação, o momento é de concentrar esforços para buscar saídas para a crise.

Ontem, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil bateu um novo recorde e registrou a pior média de mortes por covid-19 em toda a pandemia.

"Todos temos que estar focados no aspecto construtivo. Depois que nós ultrapassarmos isso, que garantirmos vacinas para a população, vamos ter a oportunidade porque os fatos não se precluem de fazer essa ou aquela CPI para analisar, investigar ou punir eventuais erros. Mas se agora pararmos o Congresso com uma CPI para discutirmos quem está errando ou quem errou, não vamos conseguir concentrar esforços para que a gente tenha uma saída mais rápida possível, para que Brasil tenha sua população atendida com relação à pandemia, saúde, e economia com condições de se manter em pé, para que não entremos numa recessão", argumentou.