Pesquisa: 62% das empresas não têm ações para aumento de mulheres na chefia
Mais de 60% das empresas não têm políticas para aumentar a presença de mulheres em cargos de chefia, segundo um estudo realizado pela consultoria Robert Half.
O estudo indica que 76% das empresas têm preocupação em reduzir a desigualdade entre homens e mulheres e conhecem os benefícios de um mercado de trabalho mais igualitário na questão de gênero. E 64% dos trabalhadores entendem que participação feminina no quadro de colaboradores para se tornar uma empresa que respeita a igualdade de gênero.
Segundo os entrevistados, entre os principais benefícios da igualdade de gênero no ambiente de trabalho está o "pensamento mais diverso", apontado por 66% dos recrutadores e 77% dos outros profissionais.
Além do favorecer o pensamento mais diverso, a igualdade de gênero melhora o clima corporativo para 57% dos recrutadores e 45% dos outros profissionais. E aumenta a motivação e melhora o engajamento entre 55% dos profissionais de RHs e 49% dos outros.
A gerente de contas estratégicas da Robert Half, Débora Ribeiro, diz que a igualdade de gênero é "imperativo e fator de atração" de novos funcionários, já que fortalece a empresa como uma marca empregadora. "A igualdade de gênero, dentre outras questões sobre diversidade e inclusão, é fundamental para a evolução de uma organização", afirmou
Empresas reclamam de falta de recursos, mas há ações gratuitas
A falta de dinheiro é uma das justificativas apresentadas pelas empresas para a falta de políticas de promoção de mulheres a cargos de chefia. Porém, Débora diz que há ações que não têm custos, por exemplo, metas transparentes e bem definidas para promoções e méritos.
A especialista propõe ainda a realização de pesquisas internas com as mulheres para identificar o que falta e o que poderia funcionar na empresa e a realização de workshops sobre "vieses e barreiras de gêneros" ao longo de todo ano, e não apenas em março, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres.
Outra recomendação é o uso de termos neutros pelas empresas: "em vez de dizer "o gerente", optar por "a gerência", dizer "a pessoa interessada" e não "o interessado"." Ela também estimula o uso de referências femininas no mundo dos negócios.
Para a consultoria, será cada vez mais difícil atrair e reter funcionários talentosos devido à evolução do trabalho remoto e consequente quebra dos limites geográficos nos processos de recrutamento.
"É importante que as companhias tenham em mente que a valorização da diversidade de gênero é um aspecto relevante para profissionais que estão no mercado. As empresas que não se atentarem à questão, poderão acabar perdendo talentos para organizações mais inclusivas", disse a consultoria.
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