Presidente do IBGE pede exoneração, um dia após orçamento do censo cair 90%
A presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo hoje. Segundo o instituto, ela deixa o comando da entidade federal por motivos pessoais e de família. Sua saída só será efetivada após a indicação de um novo presidente.
O anúncio acontece após o orçamento para a realização do Censo Demográfico deste ano ser reduzido em "quase 90%", passando de R$ 2 bilhões para apenas R$ 71,7 milhões. A alteração dos valores foi aprovada ontem pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao Ministério da Economia
Após ver o orçamento deste ano destinado para o Censo Demográfico ser reduzido amplamente, o IBGE informou hoje que "solicitará orientações ao Ministério da Economia sobre os procedimentos no tocante à operação censitária, que, de acordo com a lei 8.184/1991, deve ser realizada a cada dez anos".
"A referida votação ratificou o corte no orçamento do Censo Demográfico proposto pelo Relator-Geral da Comissão. A decisão representa uma redução de quase 90% do orçamento previsto na PLOA encaminhada em agosto de 2020, que era de R$ 2 bilhões", diz a nota divulgada hoje pelo IBGE, antes do anúncio da saída da presidente.
A pesquisa deveria ter acontecido no ano passado, mas precisou ser suspensa em razão da pandemia. A coleta das informações começaria em agosto, quando aproximadamente 71 milhões de lares brasileiros seriam visitados.
À frente do IBGE desde fevereiro de 2019, Guerra é PhD em Ciência Política pelo Massachusetts Institute of Technology, mestre em Administração Pública e Desenvolvimento Internacional pela Harvard Kennedy School e graduada em Estudos Sociais pela Harvard College. Ela também já foi pesquisadora visitante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
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