Leilão de 22 aeroportos fica até 9.209% acima do esperado e rende R$ 3,3 bi
O governo federal arrecadou R$ 3,302 bilhões com o leilão de 22 aeroportos distribuídos em 12 estados brasileiros, realizado na manhã desta quarta-feira (7). O valor total ficou 1.673% acima do mínimo esperado, de R$ 186,2 milhões. Com a venda, os terminais passam a ser comandados pela iniciativa privada pelo prazo de 30 anos.
A brasileira CCR levou dois dos três blocos, somando R$ 2,882 bilhões. O Bloco Central foi arrematado por um valor 9.209% acima do lance mínimo.
Os aeroportos leiloados estão em cidades conhecidas e capitais, como de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Navegantes (SC), Joinville (SC), Manaus (AM), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO).
As empresas vencedoras deverão fazer investimentos da ordem de R$ 6 bilhões durante os 30 anos da concessão. São R$ 2,86 bilhões para o Bloco Sul, R$ 1,8 bilhão para o Bloco Central e R$ 1,48 bilhão para o Bloco Norte.
O leilão foi organizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo a Anac, todos os aeroportos no leilão respondiam juntos por cerca de 11% do total do tráfego de passageiros do país (24 milhões de passageiros por ano), antes da pandemia.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, comemorou o resultado. "Foi extremamente positivo. Foi uma ousadia do governo do presidente Bolsonaro lançar um leilão em um momento tão crítico, mas era necessário andar rápido para capturar esse excesso de liquidez que existe no mundo e se antecipar na busca desses investimentos que serão tão necessários", afirmou.
Bloco Sul por R$ 2,128 bilhões
O Bloco Sul foi vendido por R$ 2,128 bilhões à Companhia de Participações em Concessões, uma subsidiária da brasileira CCR. O lance mínimo de propostas era de R$ 130,2 milhões, portanto, o valor final ficou 1.534% acima disso.
Estão inclusos no bloco dois aeroportos da região de Curitiba, e os de Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná. De Santa Catarina, os de Navegantes e Joinville. Do Rio Grande do Sul, os de Pelotas, Uruguaiana e Bagé.
A segunda maior proposta foi da espanhola Aena, com R$ 1,5 bilhão. O menor lance foi da Infraestrutura Brasil Holding SA, que ofertou R$ 300 milhões.
Bloco Central por R$ 754 milhões
O Bloco Central foi arrematado por R$ 754 milhões, também pela Companhia de Participações em Concessões, também da CCR. O valor ficou 9.209% acima do lance mínimo, de R$ 8,1 milhões.
Logo atrás, ficou a proposta do Consórcio Central Airports, com R$ 40,327 milhões. Por último, a ACI do Brasil ofereceu R$ 9,787 milhões.
Foram vendidos os aeroportos de Goiânia, em Goiás, de Teresina, no Piauí, de Palmas, em Tocantins, e Petrolina, em Pernambuco, e de Imperatriz e São Luiz, no Maranhão.
Bloco Norte por R$ 420 milhões
O Bloco Norte foi arrematado por R$ 420 milhões pela francesa Vinci Airports. A outra proposta apresentada foi de R$ 50 milhões, pelo Consórcio Aerobrasil. O lance mínimo era de R$ R$ 47,9 milhões. Ou seja, o valor final ficou 777% acima do esperado.
No bloco, estão os aeroportos de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, Boa Vista, em Roraima, e Porto Velho, em Rondônia.
Previsão de R$ 20 bilhões em abril
Para abril, o governo pretende fazer vários leilões do setor de infraestrutura, prometidos desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com os leilões esperados para este mês, a expectativa é que os contratos cheguem a R$ 20 bilhões
Somente para esta semana estão programados outros dois leilões, além do de aeroportos: serão oferecidos a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e cinco portos, com previsão de R$ 10 bilhões de arrecadação.
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