CUT critica Bolsonaro por cogitar acabar com abono salarial do PIS/PASEP
A Direção Executiva Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) criticou Jair Bolsonaro (sem partido) por cogitar acabar com o abono salarial do PIS/PASEP. Conforme o UOL publicou hoje, o presidente cogita essa proposta para aumentar o valor pago aos beneficiários do Bolsa Família. A CUT acredita que fazer isso seria "tirar de quem é pobre para dar a quem é igualmente miserável".
Em nota oficial, a CUT criticou as medidas econômicas do governo Bolsonaro. "A política econômica do governo, ao invés de liderar o desenvolvimento social e econômico, é recessiva, de desmonte da estrutura do estado, com piora nos indicadores sociais".
Em setembro do ano passado, Bolsonaro disse que jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. Mas a perda de popularidade e a necessidade de criar uma marca social contribuíram para que o presidente passasse a considerar a eliminação de um benefício para engordar outro.
Mas a CUT defendeu a existência do abono salarial. "É uma importante política que evita a pobreza entre a classe trabalhadora, pois beneficia a cerca de 23 milhões de pessoas, que recebem em média 1,4 salários mínimos, com benefícios de, no máximo, um salário mínimo por ano. Esse contingente de beneficiários representa mais de um terço de todos os trabalhadores e trabalhadoras com empregos formais no país".
Em vez dessa "redistribuição de pobreza", a CUT sugere "fortalecimento das políticas de mercado de trabalho que promovam a melhoria da renda por meio da geração de empregos e de oportunidades de trabalho decente, com direitos trabalhistas protegidos e efetivamente implementados".
Outros pedidos da CUT envolvem um auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia de covid-19 e o fortalecimento de programas de renda. Na visão da Central, é importante tributar os "muitos ricos" para financiar esses projetos.
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