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Mulher omite morte do pai por 6 anos e recebe R$ 190 mil do INSS

Como ação da PF não caracteriza flagrante, mulher responderá em liberdade - Divulgação/Polícia Federal
Como ação da PF não caracteriza flagrante, mulher responderá em liberdade Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/07/2021 17h07Atualizada em 07/07/2021 15h32

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (6) uma busca e apreensão na casa de uma mulher em Divinópolis, a cerca de 124 km de Belo Horizonte (MG), após suspeita de que ela teria omitido a morte do pai por 6 anos, recebendo R$ 190 mil em benefícios do INSS em nome dele.

Segundo informações da assessoria de imprensa da corporação, uma investigação apurou que a mulher, curadora do pai idoso, não fez o registro de óbito dele em julho de 2015, e continuou a fazer anualmente a "prova de vida" no INSS.

Como o sistema federal não tinha conhecimento da morte do homem, continuou a fazer os depósitos mensais correspondentes à aposentadoria dele por seis anos. No total, os benefícios subtraídos pela mulher totalizaram R$ 190 mil - cerca de R$ 2,4 mil por mês, contabilizando 13º salário.

Durante a busca e apreensão expedidas pela 2ª vara da Justiça Federal de Divinópolis, foram apreendidos os dois cartões dos benefícios, documentos referentes ao enterro do idoso e fotos do sepultamento.

No momento da abordagem, a filha confessou ter recebido os benefícios, mas não foi presa pelo caso não configurar flagrante. No entanto, se for condenada, ela poderá cumprir de 1 a 5 anos de reclusão, pena que pode aumentar em um terço pelo crime de estelionato.