Desemprego é o maior medo dos jovens brasileiros, diz estudo
A última edição do estudo global "Millenials e Geração Z", da Deloitte, mostrou que os brasileiros nessas faixas etárias estão ansiosos, estressados e preocupados com o desemprego, assim como com os cuidados de saúde e prevenção de doenças e com sua segurança pessoal.
Mais de um ano após o início da pandemia do coronavírus, os brasileiros nascidos entre 1980 e 1995, chamados de millenials, e os que já vieram ao mundo já na era digital - entre 1995 e 2010 - temem o seu futuro financeiro e no trabalho.
O desemprego é considerado o maior desafio para os brasileiros mais jovens, seguido de cuidados de saúde e prevenção de doenças e crime ou segurança pessoal, de acordo com a edição de 2021 da pesquisa. Os millenials brasileiros têm mais medo de ficar desempregados (esse é o maior medo para 38% dos entrevistados) do que a geração Z (31%).
No nível global, as prioridades mudam. No topo da lista dos millenials estão os cuidados com a saúde e prevenção de doenças (28%), que ocupa a terceira posição para a geração Z (21%). O desemprego é o segundo motivo que tira o sono de ambos os grupos no mundo. A terceira maior preocupação dos millenials é em relação ao meio ambiente e mudanças climáticas (citado por 26%), sendo essa a primeira prioridade para a geração Z (26%).
Estresse no trabalho
Os brasileiros mais jovens enfrentam mais estresse e ansiedade do que pares no resto do mundo. Mais da metade dos entrevistados nas duas gerações (52% para os millenials e 54% para os mais jovens) declarou estar estressado a maior parte do tempo. No mundo, essa fatia é de 41% e 46%, respectivamente.
Para os millenials brasileiros, o maior motivo de estresse e ansiedade é o futuro financeiro de longo prazo, citado por 57% dos respondentes. Já para os mais jovens, 65% temem ficar sem trabalho ou perspectivas de carreira. O bem-estar da família também é motivo de preocupação, citado por 53% dos millenials e 55% dos mais jovens.
A maioria dos millenials (52%) disse não se sentir à vontade para falar com seus superiores sobre como se sentem estressados ou ansiosos desde que a pandemia começou. Ainda assim são mais abertos a essa conversa do que a média global (58%).
Os jovens reclamam ainda que seus empregadores não fornecem suporte de saúde mental a eles durante a pandemia. Aqueles com 41 a 26 anos se sentem menos amparados nesse sentido do que a geração Z no Brasil - apenas 33% disseram que os empregadores tomaram alguma ação para cuidar do bem-estar mental durante a pandemia.
Impactos dos negócios na sociedade
Jovens brasileiros das duas gerações concordam que os negócios estão tendo impacto positivo na sociedade - isso é verdade para 64% dos millenials e 51% da geração Z no país.
Em relação aos anos anteriores, os jovens acreditam que as empresas estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar social. Em 2019, 85% dos millenials no Brasil achavam que as empresas só se preocupavam com seus próprios problemas, enquanto essa fatia hoje é de 76%.
Ainda assim, a maioria dos jovens acredita que as empresas não têm outras ambições além de querer ganhar dinheiro - isso é verdade para 65% dos brasileiros nascidos entre 1980 e 1995 e para 66% dos nascidos após 1995.
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