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Estatais dependentes custaram R$ 19,4 bi ao Tesouro em 2020, diz Economia

Fachada do Ministério da Economia - José Cruz/Agência Brasil
Fachada do Ministério da Economia Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Colaboração para o UOL

20/07/2021 12h22

O ministério da Economia lança hoje a segunda edição do RAEEF (Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais), que é instrumento de transparência do governo em relação aos valores sendo pagos em setores diversos. Com esse documento, a população pode checar como foi o 2020 das 46 estatais de controle direto da União.

Dessas 46, 19 são consideradas estatais dependentes, ou seja, não podem se manter com recursos financeiros próprios. No ano passado, elas custaram ao Tesouro Nacional R$ 19,4 bilhões em subvenções ou AFAC (Adiantamento para Futuro Aumento de Capital).

Levando em conta todas as estatais, é possível observar que o custo anual em despesas com funcionários foi de R$ 96,6 bilhões. Destaca-se que alguns empregados possuem pagamentos mensais que chegam a R$ 145 mil.

Já os salários honorários de presidentes custaram aos cofres R$ 2,9 milhões. Segundo o levantamento, o resultado líquido de todas as estatais foi de R$ 60,6 bilhões.

"Acreditamos que a governança das estatais evolui na medida em que mais cidadãos entendem que eles são, também, donos dessas empresas e, assim, devem conhecê-las a fundo", disse o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais da Economia, Ricardo Faria. A linguagem do relatório foi pensada em ser o mais acessível possível para incentivar a leitura.

O documento também permite que a população possa ver outros dados, como perfil médio dos empregados por faixa etária, gênero e quantos são PCDs (pessoas com deficiência). A maioria é homem, de 31 a 45 anos e sem deficiência.

Outras informações que podem ser acessadas são específicas dos setores produtivos englobados por essas 46 empresas, que passam por saúde, financeiro e alimentação. As ações ambientais, sociais e de governança, ou ASG, também foram registradas no levantamento. Isso inclui doações feitas durante a pandemia, projetos de reciclagem, reforço de medidas sanitárias em transporte público e programas ligados à preservação ambiental.