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Reforma Administrativa

Propostas mudam regras para o funcionalismo público


Centrais preparam greve de servidores contra reforma administrativa

Proposta de reforma administrativa tramita no Congresso Nacional - Getty Images
Proposta de reforma administrativa tramita no Congresso Nacional Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/08/2021 11h40Atualizada em 03/08/2021 19h50

Centrais sindicais estão convocando servidores municipais, estaduais e federais para uma greve geral em 18 de agosto contra a reforma administrativa proposta pelo governo federal e as privatizações de estatais.

Algumas manifestações já foram mobilizadas para hoje, a partir das 8h na Esplanada dos Ministérios. Às 12h deve acontecer uma concentração no pátio do Museu Nacional, e uma passeata está prevista para 14h.

A greve e as mobilizações de hoje são organizadas por diversas entidades, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil).

A greve foi definida após assembleias realizadas na quinta (29) e na sexta-feira (30). A categoria dos servidores deve voltar a se reunir a partir desta semana para organizar a greve que, segundo as centrais, será em todo o país.

Para o diretor da CUT e da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Pedro Armengol, a reforma administrativa não trará prejuízos somente aos servidores, mas também ao serviço público como um todo.

"A reforma administrativa é muito mais danosa à população do que aos próprios servidores. Na essência, a PEC 32 vai reduzir a capacidade do Estado em políticas públicas básicas como saúde, saneamento e educação. Tudo isso vai para o setor privado, que não vai prestar serviço gratuito. Só quem pode pagar vai ter acesso, e a maioria da população não tem dinheiro para pagar", disse Armengol.

Privatizações

A greve dos servidores também será em protesto contra as propostas de privatização do governo federal. No mês passado foi aprovado processo para privatização da Eletrobras, estatal do setor de energia. Os Correios já estão na mira do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além disso, outros temas estão na pauta, como a ampliação do auxílio emergencial, o alto índice de desemprego no país, a oferta maior de vacinas contra a covid-19 e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Se a gente quer emprego, renda, o fim das privatizações, quer derrotar a reforma administrativa; se a gente quer vacina já, se a gente quer viver decentemente, Bolsonaro tem que sair", disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre.