Perfil de herdeiro do arroz Prato Fino ataca vacina; 'hackeado', diz ele
Fábio Rigo, filho de Celso Rigo e herdeiro da empresa produtora de arroz Prato Fino, publicou ontem nas redes sociais ataques ao SUS (Sistema Único de Saúde) e questionou a eficácia das vacinas contra a covid-19. Ele disse ainda que preferia a lei da selva.
"Quero mais que [o SUS] seja vendido. Quem pode mais chora menos. Lei da selva. Tive covid e não me fez cócegas. Prefiro o covid do que essa merda de vacina".
O discurso vai na contramão de políticas de imunização e de pesquisas científicas, que atestam a eficácia das vacinas. Até agora, a covid-19 já matou mais de 577 mil pessoas no país.
Internautas reagiram negativamente aos comentários e criticaram as declarações de Rigo. Muitas pessoas começaram a estimular o boicote à marca. "Nunca viram um centavo meu e vão continuar sem ver", disse uma usuária do Twitter. "Você sabia? Fábio Rigo, filho de Celso Rigo, dono do Arroz Prato Fino", destacou outra usuária que em seguida compartilhou a postagem do empresário.
Após a repercussão negativa, o empresário afirmou que teve a conta invadida. "Tive a conta do Twitter hackeada hoje à tarde, fato que está causando bastante transtorno. Estamos tomando as devidas providências. Já peço desculpas de antemão", disse em uma publicação no Instagram. Seu perfil no Twitter foi desativado.
A empresa também divulgou um comunicado pela internet: " A Pirahy Alimentos informa sobre o ataque hacker ocorrido nas redes sociais de um de seus diretores e alerta a população que atente-se para golpes, geração e multiplicação de informações falsas".
Ao UOL, a empresa afirmou que não há fatos novos a serem divulgados. Também não respondeu se foi feito um boletim de ocorrência, mas que apoia o SUS e a vacinação.
A Pirahy Alimentos atua no mercado desde 1975 e destaca-se em dez estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, além do Distrito Federal.
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