Bolsonaro usa protesto do MTST na Bolsa para atacar esquerda; Boulos reage
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou hoje o protesto de ativistas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, usando o ato — que chamou de "invasão" — para atacar a esquerda e Guilherme Boulos (PSOL), coordenador do movimento e pré-candidato ao governo de São Paulo em 2022. Boulos usou o Twitter para responder o ataque.
"Boulos disse que o protesto é contra a fome e o desemprego, então vamos deixar claro aqui: prezado Boulos, fome e desemprego. Desemprego: o que você fez, o teu partido e a esquerda como um todo fez, para que pessoas não perdessem a renda em 2020?", questionou Bolsonaro durante sua live semanal.
"Querer me culpar pela fome no Brasil, pelo desemprego... Você está de sacanagem, né? É um paspalhão, realmente, procurando fazer demagogia", completou.
Tivemos agora há pouco a notícia do Guilherme Boulos e sua turminha de gente fina invadindo a Bolsa de Valores de São Paulo. Já ouvi muita gente do mercado contra mim, favorável à esquerda... Tiveram um pequeno exemplo agora da esquerda -- que não voltou ao poder, mas como adoram a iniciativa privada.
Jair Bolsonaro, durante live
Boulos chama Bolsonaro de genocida
Boulos respondeu a Bolsonaro nas redes sociais, dizendo que ser xingado por um "genocida", para ele, é "elogio".
"Bolsonaro acabou de me atacar em sua live semanal pela manifestação do MTST na Bovespa. Ser xingado por um genocida é, para mim, um elogio. Xinga mais, Bolsonaro, aproveita enquanto você ainda pode fazer isso fora da cadeia!", escreveu.
'Grito pelo preço da comida', diz MTST
Mais cedo, em entrevista ao UOL News, uma das representantes do MTST, Debora Lima, afirmou que a ocupação da B3 foi um grito pelo preço da comida e do gás. Segundo ela, o objetivo do ato era denunciar alguns dos maiores problemas do país atualmente, como a fome e o desemprego.
"Escolhemos a Bolsa de Valores porque é justamente lá que está a minoria dos bilionários, que durante esse último ano dobrou. É um grito que está engasgado na boca de vários brasileiros que vão ao mercado comprar arroz e feijão e está caro, a mistura que faz tempo que não faz parte do cardápio dos brasileiros. É um grito que está engasgado [pelo] preço do gás que está muito alto", explicou.
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