"Denúncia contra fome" e "lulalá": políticos reagem à ocupação na Bolsa
Políticos (contra e a favor) reagiram à ocupação feita hoje por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros movimentos sociais na Bolsa de Valores, localizada no centro de São Paulo. Como as negociações na Bolsa são feitas eletronicamente, o ato não afetou os negócios.
Em protesto contra a fome e a desigualdade, o MTST justificou o local escolhido por simbolizar a "especulação" e a "desigualdade social", e chamou pessoas ligadas ao mercado financeiro de "parasitas que vivem do rentismo".
Nas redes sociais, políticos ligados à ala bolsonarista criticaram a ação dos movimentos tidos de esquerda. O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por exemplo, usou o termo "lulalá" para associar o ato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das principais aliadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chamou os movimentos sociais de "o braço terrorista do PSOL". A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) ironizou a ocupação como "a invasão do bem".
Já Guilherme Boulos, que é líder sem-teto e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, nas eleições do ano que vem, celebrou a ocupação do local dizendo que "o lucro de uns não pode ser a fome de outros". A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) disse que "enfrentar o cinismo do [ministro da Economia] Paulo Guedes e de seus comparsas é fundamental".
Ao UOL, a assessoria da B3 disse que os manifestantes não acessaram o local onde acontecem as operações e que o protesto é pacífico.
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