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Empresas brasileiras pedem protagonismo do país em negociações sobre clima

Carta vem na esteira da preocupação do setor empresarial brasileiro com o posicionamento do Brasil em relação à agenda verde - Getty Images/iStockphoto
Carta vem na esteira da preocupação do setor empresarial brasileiro com o posicionamento do Brasil em relação à agenda verde Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

27/09/2021 11h19

Uma carta assinada por presidentes de 107 empresas brasileiras divulgada na manhã de hoje pede protagonismo do Brasil nas negociações sobre o clima, além da estipulação de metas no setor.

O documento, chamado de Empresários pelo Clima, tem em vista a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que será realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Veja aqui na íntegra.

Idealizada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), a carta vem na esteira da preocupação do setor empresarial brasileiro com o posicionamento do Brasil em relação à agenda verde.

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido criticado por sua política ambiental.

"Objetivos climáticos ambiciosos correspondem à nossa convicção de que o Brasil deve buscar o protagonismo nas negociações de clima', diz parte do documento, que ainda defende que o Brasil mantenha a "centralidade nesse diálogo, sob pena do enorme prejuízo ao setor produtivo e à sociedade brasileira".

Além da CEBDS, que reúne 80 grupos empresariais responsáveis por 47% do PIB brasileiro, dez entidades empresariais também assinaram o documento e contribuíram para atrair outras companhias para o compromisso.

São elas:

  • Abag (Associação Brasileira do Agronegócio)
  • Abal (Associação Brasileira do Alumínio)
  • Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)
  • Abimaq/Sindimaq (Associação Brasileira e Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas e Equipamentos)
  • Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio no Brasil)
  • CDP
  • Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais)
  • ICC Brasil (International Chamber of Commerce)
  • Instituto Urbem
  • IPGC (Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades).

A presidente do CEBDS, Marina Grossi, disse que o setor empresarial brasileiro já tem adotado medidas concretas em relação ao meio-ambiente.

"Nós não só sabemos combater as mudanças climáticas como já temos as soluções. O setor empresarial brasileiro tem adotado ações corporativas concretas, como o preço interno de carbono e as metas de neutralização, assim como está liderando iniciativas de políticas climáticas públicas com instrumentos de mercado e inclusão social. A COP 26 será uma oportunidade para compartilhar esse comprometimento e reforçar nosso engajamento mundial", disse.